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Djokovic confirma iniciativa para ajudar outros jogadores: «Falei com o Roger e com o Rafa»
Novak Djokovic, número um do Mundo e presidente do Conselho de Jogadores do ATP, confirmou este sábado a intenção de alguns dos principais jogadores do circuito mundial de contribuírem para um fundo de apoio aos jogadores menos bem classificados do ranking mundial. O sérvio de 32 anos lembra que muitos profissionais estão nesta altura a colocar em causa a possibilidade de continuarem as suas carreiras.
“Os jogadores que estão classificados entre o lugar 250 e 700 ou talvez até mais abaixo estão a pensar desistir da modalidade. No curto prazo, falei com o Roger e o Rafa há alguns dias. Uma longa conversa sobre o futuro do ténis e como podemos ajudar os jogadores de ranking mais baixo. Os jogadores entre os 250 e 1000 foram deixados sozinhos. Não têm patrocinadores, não tem Federações que os apoiem. Estou contente de ver que em princípio a ITF, os Grand Slams, o ATP, o WTA e os jogadores — se chegarmos a um acordo — vão contribuir entre 3,5 ou 4,5 milhões de dólares para o fundo de apoio aos jogadores de ranking mais baixo”, revelou o líder ATP, durante um direto no Instagram com Stan Wawrinka.
Djokovic revelou quem vai fazer a distribuição do dinheiro e lembra que nem todos os tenistas que estão mais abaixo no ranking precisam deste apoio. “O dinheiro será distribuído pelo ATP segundo alguns critérios. É preciso ver que há jogadores que estão fora do top 250 mas não precisam tanto do dinheiro como outros. Há tenistas que estiveram anos no top 50 e têm outras condições.”
Para o campeão de 17 títulos de Grand Slam, urge reagir o mais rapidamente possível, sendo que há outras hipóteses de financiamento em cima da mesa. “Há a possibilidade de o prize money das World Tour Finals e das ‘bonus polls’ no final da temporada reverterem a favor desse fundo. E se o ténis não voltar este ano podemos doar parte do prize money do Australian Open. É preciso proteger as bases do ténis. Eles são as sementes, eles são o futuro.”
Djokovic acredita que a forma como o ténis está a reagir no curto prazo a esta situação vai abrir as portas para que as coisas no longo prazo também melhorem. “No longo prazo, a união que estamos a demonstrar nesta fase das nossas vidas vai ser fundamental para que no futuro encontraremos um plano para proteger o ténis e as suas bases. Há coisas que podem ser mais bem reguladas e isso tem de ser feito em conjunto”.
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