Djokovic avisa concorrência em Wimbledon: «Não venho aqui para ganhar umas rondas»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Junho 29, 2024

Novak Djokovic vai mesmo a jogo em Wimbledon… e vai com tudo. Recuperado da operação ao joelho direito, depois de sofrer uma rotura no menisco, o número dois do ranking ATP mostra-se confiante e explica o porquê de ter forçado para jogar no All England Club.

PROBLEMA NO JOELHO

Quando isso aconteceu na quarta ronda de Roland Garros, tomei uma decisão muito rápida para fazer a operação, tinha muitas dúvidas sobre se chegaria a Wimbledon. Então, depois de muitas conversas com desportistas que passaram por coisas parecidas, por exemplo Taylor Fritz, que me disse que 21 dias depois jogou a sua primeira ronda em Wimbledon. Ou Wawrinka, Lindsey Vonn… Todos deram a sua experiência. Isso deu-me fé e otimismo de que se a recuperação for bem feita e se o joelho responder, haveria muitas possibilidades de jogar Wimbledon.

TREINOS PROMISSORES

Cheguei aqui no domingo. Foi uma semana de treino muito boa. Tive sessões muito intensas, treinos com Sinner, Tiafoe, Medvedev, Ruusuvuori, Rune. O joelho respondeu muito bem a tudo isso até agora, o que é um bom sinal, por isso decidi manter-me no sorteio do quadro principal. Ainda tenho um par de dias, jogo na quarta-feira. Confio na saúde do meu joelho, o estado físico geral é muito bom.

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ACELERAR A RECUPERAÇÃO

A minha mulher também me perguntou porque fiz isto. Tenho 37 anos, talvez quisesse arriscar menos e preparar-me para os Jogos Olímpicos. Tenho o sentimento de não perder um Grand Slam se puder jogar, enquanto estiver ativo e neste nível. Não diria medo de perder algo, simplesmente um desejo incrível por jogar, por competir. Sobretudo porque é Wimbledon, o torneio que sempre foi o meu sonho. A simples ideia de falhar Wimbledon não era correta para mim, não queria lidar com isso. Estou a passar por esta lesão no joelho pela primeira vez na minha vida. Queria ver que podia recuperar e estar em condições de competir à melhor de cinco sets em relva contra os melhores do Mundo. Não vim aqui jogar umas rondas, vou lutar pelo título. Os últimos três dias deixam-me otimista de que posso competir ao mais alto nível.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt