Diretor WTA avisa: «Os estádios não vão estar cheios antes de 2022»

Por Tiago Ferraz - Dezembro 4, 2020
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fonte: Getty Images

O diretor da WTA Steve Simon deu uma entrevista à Ubitennis onde falou do futuro próximo do ténis, nomeadamente do Australian Open, e diz que o regresso à normalidade vai demorar muito tempo:

“O regresso ao normal vai demorar muito tempo. Estamos a passar por momentos difíceis e os torneios têm que conseguir sobreviver sem público nas bancadas e com uma presença residual. Isto vai fazer com que os prize-money sejam reduzidos. Os torneios que foram jogados em 2020 fizeram-no para atenuar as perdas e não para ganhar dinheiro”, disse.

Steve Simon dá ainda assim uma palavra de apreço por todos os torneios que decidiram avançar perante estas condições:

“Dou todo o mérito aos torneios que apostaram em continuar e ir para a frente em 2020 e às tenistas que foram muito compreensivas com as reduções que existiram a nível de prize-money. Necessitamos de manter uma estrutura dos torneios e de assegurar a viabilidade financeira do modelo. O mais provável é que não tenhamos estádios cheios antes do final de 2021 ainda que o mais provável seja que tal não aconteça antes de 2022”, revela, citado pelo Punto de Break.

Quanto ao Australian Open Steve Simon realça a importância de haver torneio:

“É muito importante que o torneio seja realizado em 2021. A quarentena de 14 dias assegura a sua viabilidade e vamos trabalhar para analisar as opções de se jogar um torneio nas primeiras semanas de janeiro. Tenho a sensação de que estamos numa boa posição para fazer uma transição de época correta e vamos acabar por ter uma temporada muito positiva”, concluiu.

Recorde-se que a WTA confirmou e já colocou em prática a transformação da sua imagem e da categoria dos seus torneios que passam a estar muito idênticos ao que já se verificava no circuito profissional de ténis masculino.

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Jornalista de formação, apaixonado por literatura, viagens e desporto sem resistir ao jogo e universo dos courts. Iniciou a sua carreira profissional na agência Lusa com uma profícua passagem pela A BolaTV, tendo finalmente alcançado a cadeira que o realiza e entusiasma como redator no Bola Amarela desde abril de 2019. Os sonhos começam quando se agarram as oportunidades.