Diretor do Australian Open reage: «Os jogadores sabiam dos riscos»

Por José Morgado - Janeiro 17, 2021

Craig Tiley, o diretor do Australian Open que tem estado debaixo de fogo por parte de alguns jogadores nas últimas horas, reagiu em entrevista para o Channel 9, o canal oficial da prova, sobre os problemas que tem enfrentado nos últimos dias. O dirigente e um dos homens mais poderosos do ténis mundial prefere destacar as coisas que têm corrido bem.

Obviamente que não é o que queríamos que acontecesse. No momento temos 643 testes negativos e, infelizmente, dois positivos. Desde o primeiro momento soubemos que existia este tipo de risco, com essa pandemia nunca podemos dar nada como garantido. Todos os que vieram para a Austrália tiveram que fazer um teste negativo 72 horas antes de embarcar. Assim que chegassem ficariam isolados até que fosse feito novo teste, mas sempre soubemos que algo assim poderia acontecer ”, admitiu Tiley.

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O diretor do Australian Open espera agora resolver os problemas destes tenistas. “É uma pena que estes 47 jogadores não possam treinar como os outros, mas a decisão sobre este tipo de situações foi tomada pelas autoridades de saúde, que querem manter toda a gente saudável. A saúde é o mais importante. É uma situação muito difícil, temos de fazer o possível para tornar a situação mais justa para todos os jogadores, principalmente para aqueles que agora estão isolados. A principal razão pela qual os fizemos vir antes do torneio é para ter essa margem caso aconteça algo assim. Caso o resultado do teste seja positivo, ainda terá de 8 a 9 dias para se preparar para o Australian Open. Vamos focar-nos em deixar material de treino para todos os jogadores para que possam exercitar-se corretamente nos seus quartos e acompanharemos a situação de perto. O objetivo principal não muda: que todos estejam saudáveis ​​e que o vírus não saia do controlo dentro da bolha.

Tiley assume que a decisão sobre se os tenistas isolados vão ou não competir nos torneios da semana que antecede o Australian Open está nas mãos… dos próprios.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com