Diretor do ATP 1000 de Paris atira-se às exibições árabes milionárias: «Desestabiliza o sistema»
Jannik Sinner, número um mundial, desistiu na véspera de se estrear no ATP 1000 de Paris devido a um problema de saúde, algo que foi um duro golpe para a organização, já que era uma das grandes estrelas do torneio.
E a verdade é que esse abandono deixou Cedric Pioline, diretor da prova parisiense, chateado. Não propriamente com Sinner mas sim com exibições como o Six Kings Slam, que se realizam em plena temporada e em cima de torneios importantes, como foi o caso de Paris.
“Não depende de mim julgar ninguém: cada jogador, inclusive o Sinner, organiza a temporada da melhor maneira possível. Até podemos dizer que o Jannik foi um dos que teve a programação mais lógica, sem sobrecarregar demasiado o calendário, por isso, estava muito seguro de que vinha aqui competir. Se foi má sorte para nós? Provavelmente”, admitiu Pioline, antes de se atirar às mais recentes exibições que oferecem prémios milionários.
“A geopolítica do circuito preocupa em muitas coisas, atualmente posso assegurar que é um tema que está em debate entre os torneios do Grand Slam, circuito ATP e circuito WTA. Não sabemos o que vai acontecer no futuro mas, no meu ponto de vista, teremos de estar muito atentos para que haja uma certa coerência. O dinheiro colocado na mesa por parte da exibição saudita é algo disruptivo, algo que desestabiliza o sistema e que não é muito saudável”, concluiu.
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