Diretor de Roland Garros: «Espero que Federer regresse em 2021»

Por Tiago Ferraz - Fevereiro 21, 2020
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Foto: EPA

O diretor do torneio de Roland Garros Guy Forget concedeu uma entrevista ao Le Parisien onde falou da ausência de Roger Federer do Grand Slam francês depois do suíço ter anunciado a desistência nesta quinta-feira.

«É um desilusão não poder contar com o Roger. Apesar de não poder contar com ele, estou convicto de que será um torneio magnífico com muitos tenistas no quadro principal. Penso que não é o fim da carreira do Federer. Todos os fãs querem ver como é que o Roger, com quase 40 anos, pode fazer frente a Tsitsipas, Thiem e companhia. Ficamos sempre maravilhados quando contamos com o Big Three e com os tenistas da NextGen que estão cada vez mais fortes. É uma pena que os parisienses não possam voltar a vê-lo nesta cidade uma vez que no último Masters 1000 de Paris-Bercy também não esteve presente», afirmou.

O diretor do torneio gaulês falou ainda da possibilidade de Federer marcar presença no torneio em 2021:

«Eu conto com ele, sem dúvida. É um dos melhores jogadores da história e quando olhas para trás e vês o Connors e o Rosewall serem competitivos com 40 anos… Por que motivo o Roger não ia sê-lo também? Ele tem muito boas qualidades a nível físico e tem um jogo muito fluído. Ele ama o ténis e está feliz de continuar a jogar. Para ele é igual se é número dois, três ou quatro do mundo, ele joga, simplesmente, para ganhar títulos e para continuar a ser competitivo», revelou.

Guy Forget abordou também a questão da retirada de Roger Federer:

«(Federer) vai jogar enquanto se sentir competitivo. Há seis ou sete anos muitas pessoas pensavam que a sua carreira estava terminada e ele ainda conseguiu vencer três torneios do Grand Slam. Ele surpreendeu-nos muito devido ao seu nível e claro que se voltar ao seu melhor voltará a fazer grandes coisas. Se tivesse tido uma lesão mais grave como a do Murray poderíamos ser pessimistas, mas uma artroscopia ao joelho não é uma intervenção que coloque em causa uma carreira», disse.

Jornalista de formação, apaixonado por literatura, viagens e desporto sem resistir ao jogo e universo dos courts. Iniciou a sua carreira profissional na agência Lusa com uma profícua passagem pela A BolaTV, tendo finalmente alcançado a cadeira que o realiza e entusiasma como redator no Bola Amarela desde abril de 2019. Os sonhos começam quando se agarram as oportunidades.