Dimitrov volta a sorrir: «Estou emocionado com o que está por vir»

Por José Morgado - Julho 6, 2025

Depois de algumas desilusões nos últimos torneios do Grand Slam, Grigor Dimitrov mostra sinais muito positivos em Wimbledon 2025. O búlgaro, atual número 21 do ranking ATP, está nos oitavos de final do torneio britânico, tendo perdido apenas um set até ao momento.

Em conferência de imprensa, Dimitrov abordou o seu bom momento físico, a forma como gere o desgaste e a evolução do ténis moderno, sem esquecer o valor do seu revés a uma mão. “Neste momento sinto-me muito bem. Não tenho dores e fiz um trabalho físico importante antes do torneio. Estou a construir dia após dia e isso deixa-me não só feliz, mas também entusiasmado com o que está por vir”, revelou.

Ainda assim, reconhece que a preocupação com o corpo é inevitável. “Claro que penso nisso. Tens a tua equipa à volta para te manter honesto com o teu corpo. Fiz imensos exames, mas no fim és tu quem decide se avança ou não. Estou numa fase em que aceito que vai haver sempre algo. O importante é dar sempre o máximo.”

Dimitrov falou ainda das diferenças na sua preparação comparando com os mais jovens: “Hoje em dia, quase todos jogam ao mesmo nível. Já não me preocupo tanto com o meu ténis em si, mas sim com como me posiciono física e mentalmente para o aplicar.”

Sobre a esquerda a uma mão, reconhece as dificuldades, mas continua a acreditar na sua utilidade: “É um golpe que traz altos e baixos. Cada vez se vê menos, mas se souberes como usá-la, pode ser muito eficaz. É mais difícil, exige mais do corpo, mas tem vantagens.”

Por fim, deixou uma reflexão sobre o papel das equipas técnicas no ténis atual: “Depende da fase da carreira. Já viajei mais de um ano sem treinador e tive bons resultados. O importante é conhecer os teus pontos fortes e fracos. O que funcionou para mim pode não funcionar para ti.”

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com