Del Potro: «Não sou favorito para os JO, mas também não o era em Wimbledon frente a Wawrinka»

Juan Martin Del Potro leva a mala esvaziada de ilusões para o Rio de Janeiro, numa altura em que luta por recuperar a forma de antigamente, mas sabe melhor do que ninguém que as surpresas surgem de onde menos se esperam.

Medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, há quatro anos, depois de surpreender Novak Djokovic, o argentino de 27 anos salientou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, a importância do evento que arranca dentro de uma semana e as expectativas com que viaja para o Brasil.

“Participar nos Jogo Olímpicos é uma experiência única para qualquer jogador”, começou por dizer. “Estes vão ser muito especiais para mim, estou muito ansioso. Ganham uma dimensão maior sobretudo para quem já participou anteriormente”.

“Antes de Londres encarava os Jogos Olímpicos apenas como mais um torneio, era importante mas não sabia tudo o que se vivia na aldeia olímpica durante aquela semana. Por isso é que os melhores do mundo se preparam para vencer medalhas”.

Del Potro admitiu, ainda, não ser esquisito no que toca à natureza das medalhas. “Não me importo que ganhe em singulares, pares masculinos ou mistos”, adiantou, salientando que, tal como há quatro anos, não está entre os principais candidatos à vitória. “O mais importante é participar, e as surpresas podem acontecer, nunca se sabe. Não sou favorito para os JO, mas também não o era em Wimbledon frente a [Stan] Wawrinka”, alertou o jogador de Tandil, relembrando o seu triunfo.

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Sobre aquela que é a grande ausência dos Jogos Olímpicos (e do resto da temporada), o antigo quatro mundial diz ser uma perda imensa. “A paragem de [Roger] Federer não é boa para o ténis. Como seu amigo e adepto de ténis, gostaria que voltasse no próximo ano”, acrescentou Del Potro, antes de revelar que continua focado em formar a sua equipa de trabalho e que aguarda wildcard para o Masters 1000 de Cincinnati e do US Open.