Como Marcelo Melo e Zverev ficaram amigos: «Foi muito atípico»
Marcelo Melo já conquistou o estatuto de lenda do ténis brasileiro. Afinal de contas, falamos de um ex-número um mundial de pares e dono de dois títulos do Grand Slam. Por este dias, o canarinho, de 37 anos, está na Austrália a fazer quarentena para disputar o Australian Open, mas tirou uns minutos para conversar com o Bola Amarela sobre tudo um pouco. Um dos temas inevitáveis foi a relação de grande amizade que tem com Alexander Zverev.
“A primeira vez que tive contacto com o Zverev foi em Roterdão, há alguns anos. Estava à espera para jogar, eu ia entrar num court e ele noutro. Ficámos ali a comentar os jogos que estavam por terminar. Depois disso, em Indian Wells, acabámos por nos cruzarmos no balneário porque ele ia jogar pares e esteve a perguntar-me algumas coisas. Depois foi em Roland Garros, em que ficámos no cacifo perto um do outro, conversámos um pouco e foi aumentando. Em Pequim, onde acabou por haver mais proximidade entre nós, estávamos outra vez perto um do outro no balneário”, começa por contar-nos diretamente de Melbourne.
Mas então… Escolhiam os lugares no balneário? “É coincidência que em todos os torneios tenhamos um cacifo próximo, mas isso é aleatório. Cruzamo-nos muitas vezes com os mesmos jogadores durante o ano, mas foi muito atípico ter sido sempre ao lado um do outro durante esse tempo. Fomos falando sempre cada vez mais e acabámos por nos tornar grandes amigos. A família dele são todos muito boas pessoas, gente fina, os pais e o irmão. Assim começou e vai até hoje. Acabei a jogar um par com ele, três vezes contra”, revela.
À conversa com um jornalista português, Marcelo Melo também falou sobre o facto de conhecer bem pelo menos um tenista luso. E torce para que mais apareçam em grande nível. “São excelentes jogadores os portugueses! O que conheço melhor e com quem mais converso é o João. É um excelente jogador, joguei pares contra ele algumas vezes. Representa muito bem Portugal e espero que outros jovens surjam por aí para serem bons profissionais por Portugal, que é um país logicamente muito próximo do Brasil”, acrescentou.