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Clijsters alerta jovens para a importância dos pares: «Nem todos nascemos com o talento do Federer»
É pelas proezas que conquistou sozinha que é lembrada, mas Kim Clijsters bem se pode gabar de ser das raras jogadoras que sabe o que é ser número um mundial e vencer Grand Slams em duas frentes. Antes mesmo de se sagrar campeã do Open da Austrália e tricampeã do Open dos Estados Unidos, em singulares, a belga de 34 anos fez o seu nome soar bem alto em Roland Garros e em Wimbledon, em 2003, ao vencer os dois Majors na variante de pares de uma assentada.
É por isso que hoje, talvez ainda mais do que naquela altura, tem consciência de que esses triunfos ao lado da japonesa Ai Sugiyama lhe abriram a porta para o que veio depois. “Os pares ajudaram a minha carreira de singulares”, disse Clijsters ao WTA Insider. “Fez com que me focasse mais em ir para a rede, em melhorar o meu serviço, pequenas coisas. Acho que é muito importante que a nova geração continue a jogar pares para melhorar as suas habilidades”, acrescentou.
“Nem todos nascemos com o talento de Roger Federer, e mesmo ele tem de trabalhar no duro. Eu tive de treinar muito para perceber quando é que devia ir para a rede, antecipar melhor as pancadas, ler o jogo. E não há melhor treino do que fazer isso durante o encontro”, frisou a antiga número um de singulares e de pares, que se retirou da competição pela primeira vez em 2007, tendo regressado em 2009, já casada e com uma filha, para vencer o US Open pela segunda vez. Um ano mais tarde voltaria a repetir a ‘graça’ em Flushing Meadows e em 2011 fechou a contagem de Grand Slams na Austrália.
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