Chocados com caso de Carlos Ramos, árbitros querem criar espécie de sindicato

Por José Morgado - Setembro 12, 2018

Os principais árbitros do ténis mundial ficaram chocados com o tratamento dado ao caso de Carlos Ramos por parte do WTA e da USTA e também não ficaram descansados com a resposta tardia da ITF, que demorou 48 horas a defender o juiz de cadeira português depois do incidente com Serena Williams na final feminina do US Open.

Segundo o jornal ‘Guardian’, os juízes ponderam agora avançar para a criança de uma espécie de sindicato, que os possa defender em situações semelhantes, uma vez que ficou evidente que, nestes casos, o árbitro fica… sem defesa.

“Há muito descontentamento por parte dos árbitros, pois todos pensam como seria se lhes acontecesse a eles. Sentem que Carlos Ramos foi deixado sozinho nesta situação e querem arranjar uma plataforma de defesa”, confessou um experiente juiz ao ‘Guardian’.

Richard Ings, ex-árbitro que tem sido uma das vozes mais ativas na defesa de Ramos, assegura que a comunidade da arbitragem está toda com Ramos.

Recorde-se que Carlos Ramos volta à cadeira já este fim-de-semana, nas meias-finais da Taça Davis entre Croácia e Estados Unidos.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt