Caroline Wozniacki diz que os rankings "não fazem muito sentido", mas nós explicamos as regras

Por admin - Fevereiro 21, 2017

Caroline Wozniacki continua a fazer um bom início de temporada. Com o regresso ao top-15, a dinamarquesa está já nos oitavos-de-final do torneio do Dubai depois de uma vitória nesta terça-feira frente a Viktorija Golubic, por claros 6-4 e 6-2. No fim do seu primeiro encontro nos Emirados, cerca de 24 horas depois de disputar a final em Doha, a antiga número um do mundo diz não entender porque não foi nona cabeça-de-série no torneio e questiona o modo de funcionamento da WTA.
Com vários encontros disputados em Doha e uma viagem de avião para o Dubai, Wozniacki teve ainda de encontrar tempo para descansar e preparar-se mentalmente para mais um torneio na semana seguinte, onde foi chamada ao serviço logo na segunda-feira. “É duro. Tu queres desfrutar um pouco e relaxar, mas estás a jogar bem. É um problema positivo que se tem, acho eu, porque continuas a jogar…”, confessou, entre risos, a jogadora de 26 anos, uma das estrelas da Sports Illustrated Swimsuit Edition.
No decorrer da resposta, Wozniacki abordou ainda a questão das cabeças-de-série do evento, dizendo não entender o modo de funcionamento, quando o número de pontos de uma jogadora é o mesmo na semana que antecede o torneio, a mesma semana em que é definida a ordem de cabeças-de-série:

“Infelizmente não tive acesso direto à segunda ronda, o que desta vez teria adorado. Eu acho que tinha a mesma quantidade de pontos que a Strycova, mas não estou muito certa de como é que isso é calculado. Acho que me disseram que era porque ela jogou mais torneios do que eu no ano passado, o que não faz realmente muito sentido”.

Na verdade não faz muito sentido… porque não reflete a realidade. De facto, Tanto Wozniacki como Barbora Strycova tinham a mesma quantidade de pontos no dia 13 de fevereiro, 2295 – ver imagem em baixo, mas a jogadora checa aparecia em 17.º lugar no ranking, uma posição à frente da dinamarquesa.

Segundo as regras da WTA:

“Se os rankings de duas jogadoras estão empatados na altura de definir os cabeças-de-série ou de fechar a lista de entradas, deve seguir-se as seguintes regras por ordem de desempate:
a) a jogadora com o ranking mais alto da semana anterior
b) a jogadora com o número número de torneios disputados nas últimas 52 semanas
c) moeda ao ar”

Ora, não sabemos se Wozniacki teria sorte na cara ou coroa, mas tanto o primeiro como o segundo parâmetro dão razão à organização em ter integrado Strycova e não a dinamarquesa como nona cabeça-de-série: no dia 6 de fevereiro, Wozniacki era número 18 do mundo e Strycova era 17.ª, ambas também com 2295 pontos, mas a jogadora checa tinha apenas um total de 21 torneios disputados, contra os 23 da antiga número um mundial.
Desta forma, Strycova teve acesso direto à segunda ronda e disputa assim um encontro a menos que Wozniacki, que poderia medir forças com Garbine Muguruza nos oitavos-de-final. A jogadora espanhola desitiu com uma lesão no tornozelo diante de Katerina Bondarenko.
 

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