Cahill e a evolução de Sinner: «É um animal competitivo»
Carlos Alcaraz e Jannik Sinner voltam a encontrar-se esta segunda-feira numa final de sonho, a primeira entre ambos no Masters 1000 de Cincinnati. O duelo promete mais um capítulo de uma rivalidade que tem marcado o ténis mundial nos últimos anos. Às vésperas do encontro, Darren Cahill, treinador do italiano desde 2022 em conjunto com Simone Vagnozzi, destacou os fatores que explicam a ascensão do seu pupilo ao topo do circuito.
“Este é o motivo pelo qual estamos tão orgulhosos como treinadores, porque todo o trabalho que vimos a realizar nos últimos três anos acaba por aparecer nos grandes torneios, nos grandes momentos, ajudando-o a superar sempre os maiores desafios”, sublinhou o australiano de 59 anos em declarações ao ATP.
Cahill, que acompanhou Sinner na conquista de títulos e na consolidação como número um do mundo há 14 meses, assegura que não há segredos na fórmula do sucesso: “Não falamos de quatro ou cinco dias de experiências. Trata-se de uma combinação de trabalho que nos levou anos. Sempre estivemos lá, a pressioná-lo diariamente, a garantir que fazia as coisas corretas.”
Um dos pontos-chave da evolução do italiano passou pelo serviço. “Uma das primeiras coisas que lhe disse quando cheguei foi: ‘Tens de melhorar o serviço’. Com 1,91m e sendo fisicamente forte, precisava de ganhar mais quilómetros por hora no primeiro saque e variar melhor as direções”, recordou Cahill.
Hoje, considera que o trabalho se vê em campo: “É quando começas a ganhar encontros pelo teu serviço, tornando-te mais eficaz nos percentuais. Mas o Jannik nunca deixa de lutar entre pontos, mesmo que o adversário consiga responder. Ele adora competir, faz muitas perguntas e é um verdadeiro animal competitivo.”
Sinner e Alcaraz vão decidir esta noite, em Ohio, quem leva o título numa final que promete espetáculo.
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