Cahill e a evolução de Sinner: «É um animal competitivo»

Por José Morgado - Agosto 18, 2025
Jannik-Sinner

Carlos Alcaraz e Jannik Sinner voltam a encontrar-se esta segunda-feira numa final de sonho, a primeira entre ambos no Masters 1000 de Cincinnati. O duelo promete mais um capítulo de uma rivalidade que tem marcado o ténis mundial nos últimos anos. Às vésperas do encontro, Darren Cahill, treinador do italiano desde 2022 em conjunto com Simone Vagnozzi, destacou os fatores que explicam a ascensão do seu pupilo ao topo do circuito.

“Este é o motivo pelo qual estamos tão orgulhosos como treinadores, porque todo o trabalho que vimos a realizar nos últimos três anos acaba por aparecer nos grandes torneios, nos grandes momentos, ajudando-o a superar sempre os maiores desafios”, sublinhou o australiano de 59 anos em declarações ao ATP.

Cahill, que acompanhou Sinner na conquista de títulos e na consolidação como número um do mundo há 14 meses, assegura que não há segredos na fórmula do sucesso: “Não falamos de quatro ou cinco dias de experiências. Trata-se de uma combinação de trabalho que nos levou anos. Sempre estivemos lá, a pressioná-lo diariamente, a garantir que fazia as coisas corretas.”

Um dos pontos-chave da evolução do italiano passou pelo serviço. “Uma das primeiras coisas que lhe disse quando cheguei foi: ‘Tens de melhorar o serviço’. Com 1,91m e sendo fisicamente forte, precisava de ganhar mais quilómetros por hora no primeiro saque e variar melhor as direções”, recordou Cahill.

Hoje, considera que o trabalho se vê em campo: “É quando começas a ganhar encontros pelo teu serviço, tornando-te mais eficaz nos percentuais. Mas o Jannik nunca deixa de lutar entre pontos, mesmo que o adversário consiga responder. Ele adora competir, faz muitas perguntas e é um verdadeiro animal competitivo.”

Sinner e Alcaraz vão decidir esta noite, em Ohio, quem leva o título numa final que promete espetáculo.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com