Borges orgulhoso: «Mentalmente dei-me chance de dar a volta e vencer»
PARIS. FRANÇA. Nuno Borges qualificou-se este domingo de forma épica para a segunda ronda de Roland Garros. O maiato de 29 anos virou de 0-2 abaixo em sets e explicou-nos no final do encontro aquilo que sentiu.
VIRAR DE 0-2 ABAIXO EM CIRCUNSTÂNCIAS DURAS
O público não foi por aí além. De vez em quando sentia o peso dos cânticos mas como nos os percebia tentei usá-los para mim e desfrutar da atmosfera. Estou muito contente não só por ter vencido mas por mentalmente ter-me dado chances de ir buscar um encontro destes. Isso às vezes vale mais do que a vitória em si.
ADVERSÁRIO SURPREENDEU-O BASTANTE
Ele surpreendeu-me em muitas jogadas. Não joga nos padrões normais e faz coisas que na minha cabeça não fazem sentido. Ele esteve estado de graça, talvez embalado pelas vitórias no qualifying e pelo apoio do público. Há dias assim e fiquei feliz por ter conseguido vencer.
CLIQUE? NÃO HOUVE
Não houve clique para virar. Foi uma luta até ao fim. O ascendente vai mudando, ele nalgum momento tem de assumir e eu fiquei mais cansado. Quando comecei a ficar mais cansado, comecei a arriscar mais, a servir melhor e a jogar melhor. Isso ajudou-me e passou a pressão para o lado dele.
MAIS FELIZ OU ALIVIADO?
Alívio gigante especialmente pela forma como acabou. Eu estava ‘à rasca da perna’, passámos o dia inteiro à espera para jogar. A espera foi longa e tudo isso ajudou. E depois ali no final precisei de muitos match points e isso naturalmente aumentou a ansiedade.
BOM TER DOIS DIAS DESCANSO
São ótimas notícias. Eu gosto de começar os torneios cedo. Para mim é mais importante recuperar do que preparar. Há dois anos também joguei com o Isner ao domingo, tive dois dias de descanso e na quarta estava muito cansado na mesma, mas desta vez vou tentar aprender com erros anteriores.
Até ao fim! Nuno Borges celebra reviravolta histórica e avança em Roland Garros