Bolsova, a tenista surpresa de Roland Garros: «Há muita superficialidade no WTA»

Por José Morgado - Junho 2, 2019

Aliona Bolsova tem 21 anos, nasceu na Moldávia, representa a Espanha e está pela primeira vez nos oitavos-de-final de um torneio do Grand Slam… logo na sua estreia. De visual diferente do habitual no circuito feminino, a jovem assume que gosta de ser diferente e destaque a superficialidade da maioria das jogadoras do WTA.

“Não gosto do cabelo comprido, da trancinha, do vestido… sou diferente. Jogo sempre de calções, de fita e com o cabelo curto. Sou como sou, sou diferente. Faz falta alguma personalidade ao circuito feminino. Há muitas jogadoras que passam por mim no balneário e olham-me por cima, como se por estarem acima de mim no ranking tivessem mais valor do que eu. As coisas não são assim”, disparou Bolsova em declarações ao ‘El País’.

A jovem do país vizinho acredita que com o dinheiro que já ganhou em Roland Garros (243 mil euros brutos) tem condições para melhorar a sua carreira. “Tenho dado passos pequenos no profissionalismo, aos poucos, mas o dinheiro que ganhei aqui já chega para pagar à minha equipa até ao final do ano.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com