Bia Maia não esconde ambição: «Voltar a enfrentar as melhores do mundo é o meu objetivo»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Fevereiro 11, 2022

Beatriz Haddad Maia colocou o Brasil a sonhar com um título do Grand Slam outra vez, ao ficar muito perto de se sagrar campeã de pares do Australian Open. A melhor canarinha no ranking WTA, atual número 73 de singulares, não esconde que o grande arranque de temporada ao lado da cazaque Anna Danilina a deixa cheia de ambição… especialmente para voltar a brilhar sozinha nos grandes palcos também.

“Foi algo muito forte que passei comigo mesma. Voltar a enfrentar as melhores do mundo é o meu objetivo. O mais importante de tudo isso foi saber que o meu nível está alto e criei uma força que me deixou cada vez mais convicta nos jogos. Quero levar isso para singulares”, começou por afirmar.

Aos 25 anos, Bia Maia sente-se mais madura e pronta para lidar com as expectativas que coloquem sobre si. Como a própria diz, são fantasmas que já não lhe metem medo. “Essa pressão que eu sempre carreguei e sempre carrego é porque muita gente deposita uma expectativa muito grande em mim, mas na verdade isso é apenas a opinião das pessoas. São fantasmas com os quais parei de me importar”, garantiu.

O que é bem mais curioso é o facto de a parceria entre Maia e Danilina ter sido algo verdadeiramente improvável a acontecer. Tem dúvidas? “Aconteceu que eu, a minha mãe e a minha irmã fizemos uma lista com todas as possibilidades e íamos riscando uma por uma. Não estávamos a encontrar nenhuma parceira e ela foi uma das últimas. Ela está 300 do mundo em singulares e abriu mão dos seus torneios para podermos jogar”, admitiu.

A partir desse momento a sinergia notou-se e a magia aconteceu. “Antes de entrar em court, combinamos os lados. Como o ranking dela de pares era melhor, queria deixá-la bastante à vontade para escolher. Também fazia muito tempo que não jogava pares, foram só duas vezes no ano passado. Em Sydney não fazíamos treinos específicos para a dupla, mas em Melbourne depois de perder em singulares, passámos a priorizar e treinámos alguns pontos que precisávamos melhorar. Também conversámos um pouco mais, fomos almoçar juntas, mas não tivemos muita intimidade. Não faço ideia do que ela gosta de ouvir, só sei que ela joga pelo Cazaquistão”, partilhou.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt