Bia Maia arrasou objetivos de 2022 e fixa meta para 2023: «Agora é para entrar no top 10»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Novembro 26, 2022

Beatriz Haddad Maia viveu um ano simplesmente histórico para o ténis brasileiro, ao alcançar uma série de metas impressionantes. A paulista arrancou fora do top 80 mas acabou no 15.º posto, sendo que venceu dois títulos WTA, jogou a final de um Grand Slam em pares e apurou-se nessa variante para as WTA Finals. O que se segue?

“De janeiro para cá o meu primeiro objetivo era ficar saudável. Essa sempre foi a grande meta de 2022 e eu consegui terminar o ano bem. De ranking, o objetivo era terminar no top 50. Eu comecei no 83.º lugar e terminei como número 15 do Mundo. Não me surpreendi em ter entrado no top 20. É algo que sempre sonhei e acreditei que seria possível, mas não esperava que fosse logo neste ano e do jeito como foi. O ténis é um desporto em que as coisas mudam muito rápido, tanto no positivo quanto no negativo. Tive muitos motivos para duvidar, é claro. No ano passado eu perdi na primeira ronda de um 25 mil, tive lesões, cirurgias. Então foi algo acima do que eu tinha planeado para 2022 e, por isso, tenho muito orgulho de mim e da minha equipa”, começou por afirmar em conferência de imprensa.

Mas voltemos às metas para 2023. Beatriz Haddad Maia não tem medo de colocar a fasquia alta. “Eu sempre encarei a pressão como privilégio. A minha meta é entrar no top 10, mas antes preciso de me consolidar no top 20. É a primeira vez que faço parte da elite do ténis e vai ser apenas o segundo ano em que estarei disputando os grandes torneios. O importante será seguir trabalhando duro para poder ficar entre as 10”, atirou.

E a aposta nos pares também se vai manter, agora com uma parceira com quem conquistou o título em Nottingham. Uma antiga número dois do Mundo de pares e que está no top 25 em ambas as variantes: a chinesa Shuai Zhang“Duplas, para mim, é sempre algo que gostei de jogar. Ajuda-me muito em singulares. Muitos dos meus resultados em singulares aconteceram depois de eu conseguir resultados nos pares. Em relva, por exemplo, ajudou imenso. Vai fazer parte do meu calendário de 2022 com certeza, mas não vai ser 100% e nem minha prioridade, assim como foi esse ano. No ano que vem vou jogar com a Shuai Zhang. Ela tem um foco muito parecido com o meu para singulares também”, sentenciou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt