Berrettini rendido: «É incrível o que Murray consegue fazer depois de tantas operações»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Janeiro 17, 2023

Matteo Berrettini esteve na primeira fila a assistir ao esforço hercúleo que Andy Murray fez para garantir um vitória memorável a caminho da segunda ronda do Australian Open. O italiano mostrou-se rendido ao antigo número um do Mundo, elogiando a sua resiliência mas também o alto nível que demonstrou.

ANÁLISE AO ENCONTRO

Foi um grande encontro, sobretudo nos últimos três sets. Não estou muito contente pela forma como entrei, estava frio, não tão quente como esperava. Estava pronto para outras condições e dois minutos antes tudo mudou. Acho que o Andy lidou melhor com a situação do que eu. O lado bom é que dei a volta, mesmo sem jogar muito bem. Tive um match point e agora fica difícil falar do encontro. Podia ter sido tudo diferente se metesse aquela bola dentro. No ano passado ganhei 7-6 no quinto, este ano perdi. O ténis é assim.

NÍVEL DE MURRAY

Jogou melhor do que eu. Movimentou-se melhor e bateu melhor na bola. Serviu muito bem e não é segredo que tem uma das melhores respostas do circuito. Sabia que seria uma primeira ronda muito dura. Ele é um grande campeão, adora jogar este tipo de encontros e foi um prazer jogar contra alguém como ele num ambiente destes.

COMO SE SENTE FISICAMENTE

Eu estou cansado, mas não perdi por isso. Até me senti muito bem no quinto set. Tenho as pernas um pouco pesadas mas não é esse o motivo da derrota. É incrível o que Murray consegue fazer depois de tentas operações e de todos os quilómetros que tem na vida. É impressionante. Mostra como amo o jogo e este tipo de encontros. Eu não conseguiu treinar muito na pré-época devido a diversas lesões, então vim aqui ver como me ia safar em cinco sets. Estive pronto e isso deixa-me feliz.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt