Berrettini: «Foi um ano estranho mas Alcaraz merece ser número um»

Por Nuno Chaves - Dezembro 9, 2022

Depois de um ano muito instável, devido a lesões, Matteo Berrettini espera voltar com tudo em 2023, agora que se encontra, finalmente, a 100%.

O italiano, que é uma das muitas estrelas presentes no Diriyah Tennis Cup, deu uma entrevista ao arabnews, onde fez um análise da sua época e avaliou alguns dos principais nomes da modalidade, como é o caso de Carlos Alcaraz.

ANO IRREGULAR DEVIDO A LESÕES

Houve muitos altos e baixos porque nunca consegui estar bem ao nível do físico e saúde. Estou a trabalhar muito nos treinos para ser mais viável a nível físico. Na última época terminava todos os torneios com algum tipo de dor e creio que estava relacionado com o stress que me causou por todos os problemas que tive. Considero que coloquei demasiada pressão a mim mesmo a ganhar pontos e subir no ranking. Agora encontro-me melhor, aprendi com o que vivi e sei que tenho nível para estar no top 10. Só preciso de ser mais consistente.

IMPORTÂNCIA DA MENTE

Mentalmente foi um ano muito difícil. Comecei muito bem na Austrália, via-me no melhor momento da minha carreira e tinha expetativas muito altas para a terra batida e relva mas lesionei-me. Tentei aproveitar o tempo fora para recarregar pilhas e voltar com mais força. Decidi operar-me e afastar-me um pouco da vida no circuito. Dediquei o meu tempo a fazer coisas fora do ténis e melhorar aspetos do meu jogo. Quando voltei sentia-me genial mas ter Covid em Wimbledon marcou um antes e um depois.

CARLOS ALCARAZ

Foi um ano estranho pelos torneios que o Djokovic perdeu ou pela proibição dos russos em Wimbledon mas, honestamente, creio que o Alcaraz merece ser número um e considero que o seu exemplo é inspirador para os outros porque demonstrou que é possível derrubar o Novak e o Rafa. O Daniil também o fez e o Casper ficou perto. Não vejo motivos para pensar que outros jogadores não consigam fazer o mesmo.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.