Australian Open 2018: as previsões da equipa Bola Amarela
O primeiro Grand Slam de 2018 está aí à porta e nós arriscamos dar os nossos palpites. Dê também os seus.
Campeão Masculino
José Morgado: Roger Federer – Ao contrário do que aconteceu em 2017, o suíço de 36 anos parte para a competição como principal favorito, não só pelo que fez em piso rápido no ano passado, mas também pelo que já mostrou na Hopman Cup. Se a lógica imperar, o suíço tem boas condições para chegar ao 20.º troféu.
José Morais: Nick Kyrgios – O jovem australiano está a jogar em casa, escapou à ‘secção da morte’ na zona inferior do quadro e poderá apanhar Rafael Nadal nas meias-finais, isto depois de o espanhol vir de dois meses de ausência dos courts. Kyrgios começou o ano com um título e está tudo à espera para saber quando é que o irreverente se irá estrear a vencer nos Grand Slams. Poderá ser já daqui a duas semanas.
Pedro Almeida: Roger Federer – Com alguns dos jogadores de topo longe do melhor nível ou possivelmente sem o ritmo necessário para enfrentar um torneio do Grand Slam (Nadal, Djokovic, etc.), acredito que o suíço tem aqui boas hipóteses para voltar a erguer um troféu desta categoria… aos 36 anos. Parece descontraído, o que facilita ainda mais a tarefa.
Nuno Chaves: Roger Federer – Pode parecer a escolha mais fácil, é certo, no entanto o suíço demonstra estar um passo à frente de toda a concorrência. Está com a motivação máxima para revalidar o título e está em grande forma. Não demonstra ter 36 anos.
Afonso Vieira: Roger Federer – A começar a temporada de 2018 ao mesmo nível que terminou a de 2017, onde ninguém se mostrou capaz de fazer frente ao suíço, será muito difícil ceder para qualquer adversário à melhor de 5 sets.
Susana Costa: Nick Kyrgios – Porque não me custa 33 mil euros, porque mostrou em Brisbane que também está para se chatear quando a derrota está à vista, porque conquistou a bênção do seu público, porque quero muito acabar este Open da Austrália a poder gritar ‘eu não disse?!’, a minha aposta vai para o mais tresloucadamente talentoso do circuito.
Campeã Feminina
José Morgado: Angelique Kerber – Ainda que tenha um quadro terrível (Sharapova e Muguruza até aos oitavos-de-final), a alemã é a jogadora em forma deste início de época e sabe o que é ganhar em Melbourne.
José Morais: Simona Halep – Acertar na campeã de um Grand Slam do circuito feminino nunca é fácil, e a verdade é que o possível embate entre Simona Halep e Petra Kvitova é de nos manter colados ao ecrã, mas acredito que a jogadora romena vá levar a melhor em todos os duelos que travar nas próximas semanas. Se tivesse direito a duas escolhas, optaria também por Elina Svitolina.
Pedro Almeida: Angelique Kerber – Sabe como ganhar o Australian Open – fê-lo em 2016 – e vem de título em Sydney. Com muita confiança e feliz no court, a alemã costuma ser perigosa…
Nuno Chaves: Garbiñe Muguruza – A espanhola em torneios do Grand Slam é sempre um perigo à solta. Nasceu para este tipo de provas. O único entrave poderá ser o calor, já que a número 3 mundial demonstra não ter muita capacidade para superar as altas temperaturas. Ainda assim, por ser um grand Slam, a motivação e a vontade vão ultrapassar todos os problemas que possam aparecer.
Afonso Vieira: Elina Svitolina – Haverá tenista com registos de confronto direto com as melhores tenistas da atualidade que se assemelhe ao de Svitolina? A tenista ucraniana tem tudo para dominar o circuito em 2018, e isso poderá ser evidente já na Austrália!
Susana Costa: Simona Halep – Número um à quinta tentativa, a persistente romena vai de tudo fazer para agarrar o tão desejado Grand Slam à terceira. A seu favor tem o embalo trazido de Shenzhen, onde foi campeã, e as ganas de mostrar à Adidas que as grandes campeãs não se medem nem os palmos nem pelo peso do emblema.
Darkhorse Masculino
José Morgado: Nick Kyrgios – A jogar em casa e o com o talento que lhe é conhecido, Kyrgios entra neste torneio mais confiante do que nunca, depois de um título em Brisbane. E o quadro nem é mau…
José Morais: Juan Martin del Potro – Novak Djokovic é o primeiro nome a surgir na cabeça, mas não só é uma escolha arriscada como Djokovic é sempre um candidato ao título em Melbourne seja em que posição estiver. Por essa razão, e pelo arranque favorável de 2018, Del Potro poderá ir longe no torneio , quem sabe, repetir a brincadeira que fez diante de Federer no US Open do ano passado.
Pedro Almeida: David Ferrer – É certo que tem uma estreia difícil, diante de um dos jovens promissores, mas apresentou algum do seu melhor ténis – frente a João Sousa, por exemplo – durante o torneio de Auckland, na Nova Zelândia, onde só foi superado por Juan Martin del Potro nas meias-finais.
Nuno Chaves: Novak Djokovic – é uma escolha arriscada. O sorteio do sérvio é complicado, afinal de contas pode defrontar Monfils na 2a ronda e Sascha na 3a ronda. Ainda assim, não nos podemos esquecer de tudo o que Djokovic já fez em Melbourne Park. Domina estes courts como ninguém e, se for ultrapassando as primeiras rondas pode ir ganhando confiança e ir acreditando que é possível.
Afonso Vieira: Gilles Simon – Creio que a única grande surpresa numa fase mais avançada deste torneio poderá ser a presença do francês. Num oitavo do quadro onde reside Marin Cilic, penso mesmo que Simon poderá chegar longe e continuar com a boa forma que começou o ano.
Susana Costa: Roberto Bautista Agut – Depois do título em Auckland, às custas de um triunfo sobre Juan Martin del Potro na final, o espanhol verá no confronto com Fernando Verdasco na primeira ronda como rampa de lançamento para o que seguirá.
Darkhorse feminina
José Morgado: Julia Goerges – A alemã está na maior série de vitórias da carreira (14) e pelo caminho já ganhou três títulos, entre os quais o maior da sua carreira, no Masters B de Zhuhai.
José Morais: Julia Goerges – A jogadora alemã está numa série vitoriosa e logo na melhor altura, já que o Open da Austrália é o torneio do Grand Slam em que o seu ténis mais se destaca. Caso encontre Elise Mertens, este poderá ser um embate raro entre duas campeãs em 2018 e logo na terceira ronda, embora o favoritismo vá sempre cair para o lado de Goerges, que tem todas as possibilidades para chegar, pelo menos, ao top-8 da prova.
Pedro Almeida: Maria Sharapova – Porque não? Tem espírito de campeã, sabe como ganhar o Australian Open – fê-lo em 2008 – e apresentou bom ténis no torneio que disputou logo no início da época, em Shenzhen, na China, alcançando as meias-finais.
Nuno Chaves: Angelique Kerber – Que grande início de temporada da alemã. Está a fazer relembrar o ano de 2016 e está com uma confiança brutal. Pode ter um possível confronto com Sharapova na 3a ronda mas, dada a sua forma atual, considero Kerber uma das principais candidatas a vencer em Melbourne Park.
Afonso Vieira: Julia Goerges – Com um caminho bastante complicado se pensarmos no objetivo final de se tornar campeã, a verdade é que a tenista alemã tem armas para derrotar qualquer uma e desde 2017 que se tem visto uma Goerges confiante e sabedora das armas que possui.
Susana Costa: Angelique Kerber – Longe do mais alto posto do ranking, mas bem perto do ténis que lhe permitiu grandes voos no passado, a alemã tem tudo para continuar a amealhar triunfos em solo australiano, após o título em Sydney, fazendo mossa nas ambições das adversárias.
Primeiro top 10 a cair
José Morgado: Pablo Carreño Busta – O campeão do Estoril Open até ganhou o torneio de exibição em Kooyong, mas a forma que tem apresentado nos últimos meses não é sequer condizente com o estatuto de top 10. E ‘apanha’ Gilles Simon, em forma, na segunda ronda…
José Morais: Stan Wawrinka – Teve alguns atrasos e complicações no regresso à competição, terá muitas dificuldades em passar pelo campeão de Auckland, Roberto Bautista Agut, num possível embate na terceira ronda. No entanto, é preciso também tomar atenção a duas situações: Jack Sock não está de todo numa boa fase e poderá ir para casa mais cedo do que o preciso, e Novak Djokovic terá de se aplicar para passar por cima do sempre perigoso, e recente campeão em Doha, Gael Monfils.
Pedro Almeida: Stan Wawrinka – Afastado da competição desde Wimbledon, devido a uma lesão no joelho, o número nove do ranking ATP pode não estar devidamente preparado para disputar um torneio do Grand Slam, com encontros à melhor de cinco sets.
Nuno Chaves: Stan Wawrinka – O suíço não joga há 6 meses e decidiu até à ultima se jogaria ou não a prova. Não deverá estar com muito ritmo, o que é perfeitamente normal, pelo que a sua eliminação nas primeiras rondas é algo natural.
Afonso Vieira: Pablo Carreno Busta – Um potencial confronto na segunda ronda com um Gilles Simon em grande forma poderá ditar a eliminação do tenista espanhol, que ainda demonstra grandes dificuldades a jogar em pisos mais rápidos como os deste complexo.
Susana Costa: Stan Wawrinka – Sem jogar desde Wimbledon, a falta de ritmo e os quilos a mais podem revelar-se um fardo pesado para o suíço, numa prova com tamanhos níveis de exigência.
Primeira top 10 a cair
José Morgado: Venus Williams – A campeoníssima enfrenta Belinda Bencic esta segunda-feira, talvez no encontro mais difícil que poderia ter na primeira ronda. A norte-americana costuma entrar mal nos torneios mas se superar esta adversária perigosa até pode iniciar uma caminha de luxo até às rondas finais…
José Morais: Jelena Ostapenko – Ora vejamos: Muguruza está numa condição física inconstante, Wozniacki vai estrear-se frente à finalista de Hobart, Ostapenko encontra a veteraníssima Schiavone logo a abrir e até Venus Williams poderá ter complicações logo no primeiro encontro, frente a Belinda Bencic. Os cenários para estas jogadoras não é dos mais favoráveis, mas talvez seja Ostapenko quem vá embora mais cedo. Apesar de Schiavone se ter lesionado na pré-temporada, a entrega da jogadora italiana em qualquer encontro que dispute não deve ser subestimada.
Pedro Almeida: Venus Williams – Uma primeira ronda (muito) dura diante de uma (muito) motivada Belinda Bencic poderá complicar a tarefa da norte-americana… No entanto, em caso de vitória inaugural acredito que será capaz de ir bem longe…
Nuno Chaves: Caroline Garcia – A francesa desistiu no seu primeiro e único encontro de 2018, como tal, a sua forma não é desejada. As fortes temperaturas poderão ser um problema para Garcia e não acredito que consiga chegar muito longe.
Afonso Vieira: Simona Halep – A escolha mais óbvia aqui poderia ser a de Venus Williams, em virtude de defrontar uma renovada Belinda Bencic na primeira ronda, mas aqui serei mais arrojado. E se a #GenieArmy ajudasse a Bouchard a alcançar a terceira ronda após vencer a tenista romena?
Susana Costa: Caroline Garcia – Por ser forçada a abandonar o primeiro encontro do ano, por culpa de problemas nas costas, a francesa entra em Melbourne Park como uma grande incógnita.