As cinco mulheres mais influentes da história do ténis

Por José Morgado - Março 8, 2020

No Dia Internacional da Mulher, não poderíamos deixar de relembrar o nome e as histórias de algumas das mulheres mais importantes da história da modalidade da qual tanto gostamos. O ténis é, recorde-se, uma das poucas modalidades do Mundo com igualdade de pagamento entre homens e mulheres, muito por culpa daquilo que elas foram conseguindo alcançar ao longo de décadas.

ALTHEA GIBSON

Nascida e criada numa época em que o racismo estava bem invertebrado na sociedade — especialmente na norte-americana, entrou para a história por ser a primeira tenista negra de alto nível. Venceu 11 títulos de Grand Slam, entre singulares e pares, o primeiro dos quais em 1956, e abriu as portas para milhões de meninas afro-americanas que  sonhavam ser profissionais de uma modalidade então tão elitista. A história veio a revelar-nos o quão importante ela foi…

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BILLIE JEAN KING

É a mãe, o pai, a avó e a tia do circuito profissional feminino. A maior responsável pelo ténis entre as senhoras ser aquilo que é hoje em termos de organização. Lutou como mais ninguém pela igualdade entre circuitos, pela criação do WTA Tour e participou até na famosa ‘Batalha dos Sexos’ com Bobby Riggs que acabou… em filme de Hollywood. E no meio de tudo isto ainda ’teve tempo’ para ganhar 38 títulos de Grand Slam entre singulares e pares.

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MARTINA NAVRATILOVA

Líder do ranking mundial por mais de 500 (!) semanas entre singulares e pares, Martina Navratilova é um caso inacreditável de longevidade. Ganhou 49 títulos de Grand Slam, com o último a ter sido vencido 28 anos (2006) depois do primeiro (1978). Leu bem. Foi top 10 do ranking de singulares durante 20 anos consecutivos, um recorde absolutamente impensável de ser batido…

Fora do court, influenciou outros atletas assumindo-se publicamente como homossexual numa altura em que esse assunto ainda era absolutamente tabu.

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STEFFI GRAF

Pode não ter sido tão influente como outras nesta lista, nem tão presente na realidade do ténis mundial no pós-carreira, mas Steffi conseguiu várias coisas que mais nenhuma outra alcançou. As suas 377 semanas no topo do ranking mundial entre finais dos anos 80 e meados dos anos 90 são um recorde absoluto no ténis mundial — o recorde masculino, de Roger Federer (310) está bem aquém — e preserva um feito que mais ninguém conseguiu na história do ténis: o Golden Slam: em 1988, Graf ganhou o Australian Open, Roland Garros, Wimbledon, US Open e os Jogos Olímpicos. Nunca ninguém havia feito tal coisa e mais ninguém voltou a repeti-lo…

Retirou-se com 22 títulos de Grand Slams de singulares e apenas 30 anos. Difícil saber quantos mais poderia ter vencido se tivesse tido vontade de jogar mais anos…

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SERENA WILLIAMS

A sua vida dava um filme: é a história perfeita da menina afro-americana, nascida numa família numerosa e com enormes dificuldades financeiras, que conseguiu subir a pulso (juntamente com a irmã mais velha) e tornar-se numa das maiores figuras da história do desporto feminino. Com 38 anos, 23 títulos de Grand Slam, uma mão cheia de medalhas olímpicas e milhões de fãs, Serena Williams é hoje maior do que o ténis. É uma marca, é uma celebridade, é uma estrela.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt