Alcaraz: «Significa muito voltar a número 1, era um objetivo»

Por José Morgado - Março 20, 2023

Carlos Alcaraz, campeão do ATP Masters 1000 de Indian Wells e novo número um do Mundo, mostrou-se este domingo muito feliz com mais um feito relevante na sua curta carreira. O espanhol de 19 anos falou ao ‘Tennis Channel’ logo após o encontro.

NÍVEL MUITO ELEVADO

Foi perfeito. Não posso reclamar. As condições eram difíceis e tive de jogar um encontro muito inteligente. Confio no meu movimento em court e sabia que tinha de ser agressivo, mas paciente. A chave era não me precipitar, esperar pela pancada certa.

O QUE MELHOROU MAIS NOS ÚLTIMOS ANOS NO SEU TÉNIS

Penso que aquilo em que melhorei mais foi a mentalidade. Tenho ganho muita experiência, muitos encontros importantes, muitos títulos. Isso dá-me experiência e confiança. Agora sei como lidar com os momentos mais difíceis.

DE VOLTA AO NÚMERO 1

Significa muito, era um dos meus objetivos. Foi mais fácil sem ter cá o Djokovic, mas ir para Miami como número um dá-me muita confiança.

INÍCIO DE ÉPOCA DIFÍCIL SEM AUSTRALIAN OPEN

Regressei bem com o título em Buenos Aires e a final do Rio, mas lesionei-me outra vez na perna e foi difícil manter-me forte mentalmente nessas circunstâncias. Mas trabalhei duro com a minha equipa e acreditámos muito no nosso trabalho.

O QUE FAZ FORA DO TÉNIS

Sou um tipo tranquilo, gosto de passar tempo com a família e amigos e fazer poucas coisas: ver uns vídeos, uns filmes, rir. As pequenas coisas são as mais importantes para mim.

IMPORTÂNCIA DOS FÃS

É fundamental. Dentro de court muitas coisas podem passar-se, estás sozinho, ninguém está contigo. Tudo o que tens é o apoio das pessoas. Tudo o que posso fazer por eles é assinar-lhe umas bolas, fazê-los felizes. Para mim tudo isso é natural.

DIA DO PAI

É Dia do Pai e por isso dediquei-lhe o título. Não pude comprar-lhe um presente mas dei-lhe este.

O QUE FAZER ATÉ MIAMI

Vou viajar, tirar alguns dias de folga com o meu irmão e alguns amigos que vão viajar para lá. Vou tentar relaxar e lá para quarta volto a treinar para me adaptar às condições. Assim que começar a treinar foco-me no torneio.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com