Alcaraz: «Será uma desilusão se estagnar em 2022»

Por José Morgado - Dezembro 16, 2021
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Carlos Alcaraz, de 18 anos e já à porta do top 30 mundial, deu uma longa e muito interessante entrevista ao site espanhol ‘Punto de Break’, onde se confessa feliz pelo trabalho feito em 2021 e deixa já em perspetiva a temporada que aí vem, assegurando que não quer… estagnar, nem em nível, nem em resultados.

“Foi um ano memorável: entrei no meu primeiro Grand Slam, depois cheguei aos meus primeiros quartos-de-final e venci o meu primeiro título ATP. Jamais irei esquecer. Agora vem 2022. Espero não repetir os mesmos erros, não fazer exatamente tudo como em 2021. Quero melhorar. Quero continuar a crescer. Em termos de ranking, o meu objetivo é chegar ao top 15 no próximo ano”, revelou o jovem de Múrcia, nascido em maio de 2003.

Alcaraz relembrou ainda o seu melhor momento do ano: a vitória sobre Stefanos Tsitsipas na terceira ronda do US Open. “Eu sou uma pessoa que sempre soube qual o momento de celebrar e de não estar eufórico. Aquela foi a minha melhor vitória, hoje em dia continuo a ver aquele encontro e a arrepiar-me com alguns dos momentos. Mas foi apenas uma terceira ronda. Se tivesse sido uma final, eu teria celebrado muito mais”.

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O jovem do país vizinho admitiu que tem uma mentalidade feita para encontros grandes. “Em grandes estádios, contra grandes jogadores, adoro dar a cara. Costumo ser valente e corajoso nessas situações. É um pouco a minha identidade. Em situações em que os outros se retraem é quando eu normalmente sobressaio.”

Alcaraz falou ainda sobre o facto de ser, hoje em dia, presença habitual na comunicação social do seu país. “Há que gerir da melhor maneira possível. Tenho a noção de que se as pessoas me querem entrevistar é porque estou a fazer as coisas bem feitas. A imprensa trata-me muito bem, vão saindo muitas comparações com o Rafa Nadal, mas de modo geral tratam-me bem”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt