Alcaraz pouco dormiu depois de Pequim: «Chegámos a Xangai às 4 da manhã»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Outubro 3, 2024

Carlos Alcaraz superou Jannik Sinner numa duríssima batalha de mais de três horas na final do ATP 500 de Pequim e… seguiu logo viagem para Xangai, juntamente com o italiano. O tempo de descanso foi inexistente e o espanhol explicou como tudo se processou e o que aí vem no Masters 1000 chinês, onde enfrenta Juncheng Shang na segunda ronda.

DA FINAL DE PEQUIM ATÉ XANGAI

Não deu para fazer muita depois da final. Fiz o que tenho de fazer, ir à conferência de imprensa, tomar um duche. Tudo rápido porque tinha de apanhar o voo para chegar aqui. Fomos para o avião e chegámos a Xangai super tarde. Não dormi tanto como queria, mas estou feliz por estar aqui em Xangai.

RELAÇÃO COM SINNER

Não falamos muito quando estamos por aqui, mas damo-nos muito bem também fora do court. Respeitamo-nos muito um ao outro como jogadores e pessoas. Quando estamos a viajar ou em torneios, estamos com as nossas equipas, então não falamos muito. Quando podemos, falamos de coisas fora do ténis, sobre a vida, mas não demasiado. Temos uma boa relação, mas não somos melhores amigos.

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CALENDÁRIO APERTADO

Já disse várias vezes que o calendário é muito apertado, mas temos de nos habituar. Acabámos às 21 horas em Pequim depois de um encontro de três, não tive tempo para mais nada. Fui para o clube antes do encontro com as malas porque sabíamos que tínhamos de ir rápido embora para apanhar o avião. Chegámos às 4 da manhã para dormir um pouco e adaptar às condições de Xangai. É complicado, mas temos de nos adaptar. Dormi um total de seis horas, não deu para mais. Vim ao torneio e vou descansar um pouco, preciso muito. Começo a treinar sexta-feira e no sábado tentarei jogar ao meu melhor nível.

O QUE MUDOU NAS ÚLTIMAS SEMANAS

Treinar. Tive um bom mês de treinos depois do US Open. Claro, joguei a Taça Davis e a Laver Cup, que me ajudou a recuperar a energia e a motivação. Adoro jogar torneios de equipas, ajudam-me a ser melhor e a sentir-me melhor fora do court. Esses torneios ajudaram-me a recuperar a alegria no court, a estar focado no que aí vem. Cheguei à Ásia com muita energia, a desfrutar de cada segundo no court. Estou pronto.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt