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Alcaraz não esquece a fase mais difícil da temporada: «Recebi muito ódio…»

Carlos Alcaraz escreveu mais uma página dourada na época de 2025 ao vencer o ATP 500 de Queen’s, naquele que foi o seu quinto título do ano e a 18.ª vitória consecutiva.
O espanhol está a viver uma das fases mais incríveis e consistentes da carreira mas, esta temporada, já passou por alguns momentos mais complicados e foi precisamente sobre essa fase menos positiva que o número dois mundial relembrou após levantar o troféu de Queen’s pela segunda vez na carreira.
MAIS UM TÍTULO E LOGO NUMA MUDANÇA DE SUPERFÍCIE
É realmente complicado mudar de terra batida para relva em poucos dias, porque foi esse o tempo que tive antes de o torneio começar. Apenas dois dias de treinos e depois tive de competir aqui. Vim sem qualquer expectativa. Vim apenas com o objetivo de jogar dois ou três encontros, tentar sentir-me bem em relva e perceber o que precisava de melhorar, o que tinha de fazer melhor. Adaptei-me muito rapidamente à relva e estou muito orgulhoso disso. O meu objetivo estava cumprido e não me refiro a levantar o troféu ou chegar à final. Tratava-se simplesmente de me sentir bem, de me sentir confortável em relva outra vez. O que mais me orgulha esta semana é a forma como fui melhorando dia após dia. Desde o primeiro dia até hoje, acho que sou um jogador diferente em relva.
AINDA A VIAGEM A IBIZA
Muita gente pergunta-me se vou voltar. Oxalá! Mas, como disse, sou um jogador que precisa de dias livres, dias para desfrutar, dias para mim, para estar com os meus amigos, com a minha família, simplesmente para desligar. Preciso disso e o bom é que eu sei disso. Os dias em Ibiza ajudaram-me muito a sentir-me como se não fosse um jogador de ténis, a aproveitar um pouco a vida com os meus amigos, a divertir-me, a desfrutar desses dias e depois voltar ao court com mais energia, com mais vontade de jogar. Ajudou-me imenso. Não vou dizer que ganhei o torneio por causa de Ibiza, mas sim, depois deste torneio, não posso voltar para casa. Vou ficar aqui em Londres, espero aproveitar um pouco a cidade. Vamos ver como correm os próximos dias, mas vou tirar os meus dias de descanso para relaxar, aproveitar e depois voltar e preparar Wimbledon da melhor maneira possível.
MELHORIAS NO SERVIÇO
Depois do jogo com o Munar fiquei desiludido com o meu serviço e tentei fazer algo diferente nos treinos, só para melhorar um pouco nos jogos e, a partir daí, tenho servido muito, muito bem. Sinceramente, agora sei como se sentem o John Isner e o Reilly Opelka quando jogam. Hoje foi uma grande melhoria. Um grande esforço, porque quando jogas contra um grande jogador com um serviço potente, o teu também tem de estar à altura. Estou contente com isso e espero continuar assim — ou até melhorar — para Wimbledon.
RECORDAR O MOMENTO MAIS DIFÍCIL DO ANO: A CHAVE PARA ESTA FASE
Recebi muito hate quando perdi em Miami. Em vez de treinar depois disso, tirei uns dias de descanso e fui para Cancún com a minha família e nessa altura recebi muito ódio porque muita gente começou a dizer coisas como: ‘O que se passa com este tipo, que acabou de perder na primeira ronda e não foi treinar, não voltou ao court para continuar a trabalhar e melhorar?’ Essa foi a chave: simplesmente ter cinco ou seis dias de descanso, sem pegar numa raquete, sem pôr os pés no court. Ir de férias com a família, desligar, pensar no que devia ter feito melhor. Depois de Miami, depois das férias que passei em Cancún com a minha família, recuperei a alegria e voltei a desfrutar de jogar ténis, de voltar ao court, de competir novamente.
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