Alcaraz explica por que melhorou tanto em Indian Wells e Miami

Por José Morgado - Março 27, 2024

Carlos Alcaraz, número dois do Mundo, passou por alguns meses menos fulgurantes entre agosto de 2023 e fevereiro de 2024, mas recuperou todo o seu melhor ténis nas últimas semanas. Depois do título no ATP Masters 1000 de Indian Wells pelo segundo ano consecutivo, o espanhol de 20 anos já está nos quartos-de-final do Miami Open, onde em 2022 venceu o seu primeiro grande título. O espanhol confirmou que tem uma relação especial com esta prova e explicou o que fez com que se começasse a sentir melhor em campo neste mês de março.

MIAMI OPEN TEM LUGAR ESPECIAL

Adoro esta cidade. É um torneio maravilhoso e uma cidade da qual gosto muito, com uma energia muito especial. As pessoas são incríveis e adoram o desporto. É algo que adoro sentir a cada encontro. Miami é especial para mim pois foi o primeiro grande torneio que venci, triunfando em encontros incríveis. Talvez seja isso que faz deste torneio ser mais especial do que os outros para mim.

RECUPERAÇÃO DO NÍVEL

Melhorei alguns coisas que vinha a fazer mal. Digo sempre depois de cada encontro que há que melhorar. Não o digo por acaso. Da derrota contra o Zverev na Austrália tirei muitas coisas positivas. Depois da Austrália tive algumas semanas em que não me sentia bem em court, nem a desfrutar. Aquilo que mudou realmente foi tentar-me sentir melhor fora de campo. Fazer o que gosto, sentir-me tranquilo. Em Indian Wells isso aconteceu. Joguei muito golfe, que me tranquiliza. Joguei quase todos os dias e isso ajudou-me bastante. Indian Wells penso que foi um ponto de viragem para a fase que estava a viver.

REENCONTRO COM DIMITROV APÓS PERDER EM XANGAI

O mais parecido entre Xangai e Miami são as bolas, que têm um comportamento semelhante. Mas aqui a bola salta mais. Tentarei tirar coisas positivas desse encontro, ver o que fiz bem e mal. Vamos tentar que ele não domine as trocas de bola, pois é isso que ele gosta…

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt