Alcaraz explica o que o torna diferente dos outros jogadores

Por Pedro Gonçalo Pinto - Abril 21, 2023

Carlos Alcaraz descobriu uma forma de sair de um duelo complicado com Alejandro Davidovich Fokina para manter a defesa do título em Barcelona viva. O número dois do Mundo vai disputar um lugar na final com Daniel Evans, mas na conferência de imprensa abordou vários temas interessantes, explicando mesmo o que torna um tenista diferente da maioria.

RESOLVER ENCONTROS TRAIÇOEIROS

Sair deste tipo de encontros, contra jogadores como Roberto ou o Alejandro, ajuda-me a ter confiança e a ficar com ritmo. Apesar das condições, ser capaz de resolver os problemas que houve e adaptar-me às situações faz-me melhor jogador.

CONCORRÊNCIA DE DJOKOVIC

Não sei dizer se Djokovic é o maior rival porque há jogadores muito bons em terra. Djokovic é Djokovic e mesmo que tenha perdidos nos oitavos-de-final em Monte Carlo e nos ‘quartos’ em Banja Luka pode chegar a Madrid e ganhar, pode chegar a Roma e ganhar. Aí pode ser o principal rival, mas há grandes jogadores que estão à altura do Nole em terra batida.

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SATISFEITO POR SINNER NÃO ESTAR NO TORNEIO?

Nada disso. Estou a sofrer. Nos últimos dois encontros sofri e agora também terei uma grande batalha. Não penso que tenho mais oportunidades para ganhar o título com Sinner fora. Os jogadores que estão presentes são grandes tenistas e podem ganhar-me perfeitamente.

BRILHAR SOB PRESSÃO

Nesse tipo de situações atrevo-me a arriscar, não há medo. O que falo muitas vezes com a minha equipa é que nesses momentos há que querer que a bola venha para nós, querer jogar esse ponto, desfrutar desse momento. Essa é a chave dos melhores do Mundo em relação ao resto, o facto de gostar desse momento de pressão. A diferença entre os bons e os muito bons é que há gente que não quer jogar esse momento, espera o erro do adversário. O Big Three ou os muito bens querem que chegue esse momento, essa é a diferença.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt