Alcaraz é multi-milionário, mas vive com os pais e não quer mudá-lo: «Entre torneios só quero estar com eles»

Por José Morgado - Abril 8, 2025
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Carlos Alcaraz, de 21 anos, é um dos desportistas mais bem pagos do Mundo, mas nem por isso tem casa própria… nem vontade de comprar uma. Numa muito interessante entrevista à revista ‘GQ Espanha’, tenista de Múrcia revelou a razão pela qual continua a viver com os pais na sua cidade de sempre…

NÃO TEM VONTADE DE VIVER SOZINHO?

Tenho pouco tempo livre. Fico muito feliz por voltar a casa quando regresso de uma digressão longa ou de vários torneios.

A MÃE NÃO QUER QUE ELE SEJA ENGOLIDO PELA PRESSÃO

Mas não estou. Estou longe disso. Claro que senti pressão, e claro que por vezes a pressão foi grande. Mas fico contente por ter pressão. São boas notícias. A pressão mantém-te vivo e significa que estás a lutar por coisas muito importantes.

O PAI ESTÁ A VIVER O SEU SONHO ATRAVÉS DE CARLITOS

Sem dúvida. O meu pai é uma das pessoas mais importantes da minha vida. E partilhar tudo isto juntos — viagens, torneios, experiências — é algo espetacular para os dois. É claro que o ténis teve um papel importante na nossa relação. Comecei a jogar com ele, via-o no clube, pedia-lhe para irmos jogar… mas, felizmente, na nossa vida temos mais coisas para além do ténis, e a nossa relação vai muito além do desporto.

DOCUMENTÁRIO DE ALCARAZ MOSTRA O ESPANHOL GOSTA DE VIVER A VIDA E SAIR À NOITE, MAS É PROFISSIONAL

Nunca pensei que só conseguiria competir se tivesse uma vida social ativa a saísse à noite. Vivemos numa altura em que o desporto está mais profissionalizado do que nunca, a todos os níveis. Não acho que seja comparável.

TEM MEDO QUE O TÉNIS UM DIA VENHA A SER UMA OBRIGAÇÃO 

O ténis é uma parte fundamental da minha vida, é aquilo que faço desde pequeno e com que me divirto. Não é um passatempo, obviamente.

PORQUE DECIDIU MOSTRAR O SEU LADO MAIS PESSOAL NA NETFLIX

“Eu adorei — principalmente porque a série realmente reflete quem eu sou e as pessoas que estão comigo nessa jornada. Acho que todos os que assistirem acabarão por sentir que me conhecem um pouco melhor, especialmente a nível pessoal.”

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com