Alcaraz e as lágrimas: «Pensei que tinha defraudado todos os espanhóis»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Agosto 5, 2024

Carlos Alcaraz viveu uma desilusão no domingo, ao perder a final dos Jogos Olímpicos com Novak Djokovic. O jovem espanhol não conseguiu conter as lágrimas, mas acabou por se sentir orgulhoso da prata que levou para casa, como o próprio reconheceu.

SENTIMENTO NO FIM DO ENCONTRO

A verdade é que depois de perder, nas entrevistas, na cerimónia… Quando tive a medalha percebi que era um momento que tinha de desfrutar. Fiz um torneio muito bom. É muito difícil ganhar uma medalha olímpica e tenho de valorizar isso. A equipa também me disse que há muitos Jogos Olímpicos, que há muitos jogadores muito grandes e não têm medalha, então é preciso dar valor.

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O QUE CORREU MAL

São condições distintas, superfícies distintas e não é o mesmo jogar individualmente que jogar pelo teu país nuns Jogos Olímpicos. Foi uma junção de coisas totalmente diferentes às que havia em Wimbledon. Saio contente, com a cabeça bem alta pelo encontro que fiz, lutei até ao fim. Tentei ir à procura de soluções. Foi um encontro muito apertado. Nos momentos chave não aproveitei as oportunidades que tinha e o Novak jogou a um nível muito alto.

MOTIVO DAS LÁGRIMAS

Por um momento pensei que tinha defraudado todos os espanhóis, que não tinha estado ao nível que esperavam. Daí ter tido essa quebra emocionalmente e também as lágrimas.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt