This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.
Alcaraz: «As pessoas gostam da ideia de que há conflito entre mim e o Sinner»

Carlos Alcaraz encontra-se a descansar depois de meses intensos mas regressa na próxima semana no ATP 1000 de Cincinnati com o objetivo de se aproximar de Jannik Sinner.
O tenista espanhol aproveitou estes dias para dar uma entrevista ao Financial Times, onde falou do seu grande rival, do seu amor ao ténis ou do uso excessivo das redes sociais.
GERIR A VIDA PESSOAL COM A PROFISSIONAL
No final, é como tudo o resto. Se jogares todos os dias e não fizeres uma pausa para desconectar, essa emoção vai-se desvanecendo. Por isso, tento sempre encontrar momentos de diversão, de vontade de viver. Como um hambúrguer antes, durante ou depois de um torneio. Permito-me sempre uma sobremesa, um pouco de chocolate, isso não me causa qualquer problema. Como celebro? Talvez quando volto a casa. A comida da minha mãe é sempre a melhor e bebo champanhe e Coca-Cola, algo que não faço durante os torneios. Sem exagerar, claro.
RIVALIDADE COM SINNER
Não quero que as pessoas me chamem de sucessor do Rafa. O ténis sempre teve grandes rivalidades e grandes jogadores. É um privilégio que as pessoas vejam os nossos jogos dessa forma, com tanto entusiasmo, mas no fundo não temos qualquer obrigação de fazer o que eles fizeram, muito menos. Se não te mantiveres fiel aos teus ideais, ao que queres, essa pressão pode consumir-te. É preciso saber distinguir. Tentamos não pensar em nenhuma pressão e, acima de tudo, não tentar imitar o que eles fizeram.
RELAÇÃO COM SINNER
As provocações chamam muito a atenção. As pessoas gostam da ideia de que há atrito entre nós. Isso é o que vende. Embora o ténis seja um desporto individual, estamos sempre com os mesmos jogadores todas as semanas, dia após dia. Eu e o Jannik, que já travámos grandes batalhas em campo, vemo-nos muitas vezes fora dele. Falamos, por vezes treinamos juntos e no fim cria-se uma boa relação, uma relação bonita. Queremos ganhar e superar-nos mutuamente, mas fora do court, ser boas pessoas e dar-nos bem é outra questão. Para mim, essa é uma das virtudes e dos valores do desporto.
AINDA A FINAL DE ROLAND GARROS
Simplesmente pensei em recuperar pouco a pouco: um ponto, depois outro ponto e mais outro, especialmente aqueles três match points contra mim. Fechar um Grand Slam é muito, muito difícil, por isso sabia que teria oportunidades. Por isso mantive a calma. Sabia que não ia ser fácil para ele. Em nenhum momento duvidei que podia dar a volta, mas obviamente tens de mostrar uma imagem de confiança em ti próprio o tempo todo. Assim que mostras fraqueza ao outro, acabou, estás perdido. Era essa a imagem que eu também queria passar.
USO DAS REDES SOCIAIS
Uso muito as redes sociais e não é um ambiente muito saudável, para não dizer horrível. Tornaram-se uma ferramenta muito importante para o trabalho, mas a nível pessoal é um mundo muito feio. No fundo, nada daquilo é real. As pessoas mostram uma vida que não é realmente a sua, uma cara que não é a sua. Para além disso, há muita gente que te pode magoar com um simples comentário. Não há arma pior do que as palavras.
Leia também:
- — Kyrgios reconhece: «Não encaixo naturalmente no molde de um tenista»
- — Musetti segue em crise e é surpreendido na 3.ª ronda de Toronto
- — [VÍDEO] Um insólito pedido de VAR em Toronto numa bola que ‘furou’ a rede
- Categorias:
- ATP World Tour