Alcaraz admite nervos na estreia: «Wimbledon é especial, senti que era a primeira vez»

Por Nuno Chaves - Junho 30, 2025
Foto: EPA

Carlos Alcaraz passou mais tempo em court do que aquilo que planeava mas acabou por seguir em frente no início da defesa do título em Wimbledon após resistir a um super Fabio Fognini.

Foi um encontro de grandes emoções e o próprio Carlitos admitiu ter entrado no encontro com nervos, devido ao facto de estar novamente em Wimbledon.

ENCONTRO MAIS DURO QUE O ESPERADO

Sabia desde o início que defrontar o Fabio ia ser muito difícil. Sei que este é o seu último ano e que estes são os seus últimos torneios, mas isso não importa: o talento que ele tem é imenso. Em cada jogo é capaz de mostrar o seu melhor ténis e hoje foi um desses dias. Estou muito orgulhoso por ter encontrado uma forma de seguir em frente e dar-me uma oportunidade de melhorar na próxima ronda.

PALAVRAS A FOGNINI JUNTO À REDE

Disse-lhe que tenho imenso respeito por ele. É o melhor. Sim, respeito-o muito. Tudo o que fez na sua carreira, o que fez hoje. Adoro vê-lo jogar. Estou feliz por ter partilhado o court com ele mais uma vez, por termos partilhado balneários, este torneio. Incrível. Muito, muito respeito pelo Fabio.

CALOR EXTREMO EM WIMBLEDON

Jogar com tanto calor pode tornar-se complicado. É ainda mais difícil se o jogo e as trocas de bola forem longas. A verdade é que jogamos, ao longo do ano, em condições brutais em alguns locais e é muito duro jogar assim. Ainda assim, somos tenistas. Digo sempre que temos de nos adaptar o mais rápido possível, para que isso não afete demasiado o nosso jogo. Fisicamente é difícil, claro. Em alguns momentos do encontro, podes sentir-te em baixo, porque o sol está sempre a queimar. Por isso tenho as minhas coisas, que tomo durante os jogos, para me empurrar a mim próprio, obrigo-me a sobreviver a esses momentos, sempre com a sensação de estar pronto para continuar a lutar. No geral, é duro.

CONTENTE PELA REAÇÃO

Acho que estou cada vez mais maduro, sei como lidar com diferentes situações. Digo sempre que os campeões encontram sempre uma maneira. Quero ver-me nesse grupo de campeões. Quero ser um desses campeões que encontra sempre uma forma, uma maneira de vencer. No ano passado, neste mesmo torneio, joguei encontros muito duros, mas encontrei sempre uma solução. Hoje também, apesar de o Fabio ter jogado de forma incrível. Estou feliz por ter encontrado o meu caminho.

NERVOS NA ESTREIA

Senti-me como se fosse a minha primeira vez. Wimbledon é diferente. Não importa a série de vitórias que levo, o facto de estar a jogar muito bem em relva, de me ter preparado de forma excelente: Wimbledon é diferente. Hoje senti-me muito nervoso no início. É um grande privilégio abrir a Centre Court. Senti, mesmo, como se fosse a primeira vez. Tentei lidar com os nervos da melhor maneira possível, mas sofri um pouco. No fim, foi fantástico — é uma honra dar o pontapé de saída no torneio.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.