A incrível explicação de Djokovic sobre a fortaleza mental que cria nos jogos em que está em desvantagem

Por Nuno Chaves - Fevereiro 20, 2020
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Falar de Novak Djokovic é falar de excelência quer a nível físico e, principalmente, a nível mental, características que parecem cada vez mais vincadas, nesta fase da sua carreira.

Numa conferência na Sérvia, o número um mundial explicou como é que desenvolveu esta muralha que parece ser letal contra praticamente todos os adversários. A final do Open da Austrália contra Dominic Thiem foi o exemplo mais recente.

“Cada desporto é diferente mas há coisas universais que todos podem fazer. Quando o resultado está contra, quando aumenta o nervosismo e tudo está no lado do rival, tento permanecer no momento atual. Isto é mais difícil de fazer do que dizer. É algo que se consegue com a experiência e com o trabalho”, referiu.

Foi então que Djokovic começou a especificar. “Uma das minhas técnicas é respirar consistentemente. Fecho os olhos e tento acalmar a minha pulsação. É normal que às vezes tenhas alguma explosão, algo que não estou orgulhoso, mas o que importa é como eu recupero. É algo que requer muita dedicação diária. Deve-se criar um hábito. Faço exercício todos os dias e isso ajuda-me a encontrar uma maneira de regressar de situações onde não há saída”, explicou Nole.

Mas como é que Djokovic se consegue acalmar em momentos tão críticos? “Existem técnicas para reduzir o ritmo cardíaco, acalmar a mente e ajudar a concentrar. Por exemplo, a respiração ou a visualização. A ciência demonstrou que quando acreditas numa imagem na tua mente, podes alcançá-la. Tenho muita fé em mim mesmo e nas imagens que projeto. Imagino um membro da minha família, alguém superior que te inspira. Acreditar em Deus ou num poder superior. Tudo isso ajuda a tornar realidade as ambições. Acredito que os anjos nos vigiam e nos oferecem ajuda quando mais precisamos”, concluiu.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.