A brutal revelação de Bublik: «Pensei em deixar o ténis durante uns meses»

Por Nuno Chaves - Junho 22, 2025

Alexander Bublik completou mais uma semana de sonho no ATP 500 de Halle ao conquistar a competição pela segunda vez na carreira após mais uma autêntica masterclass em relva, desta vez, contra Daniil Medvedev.

O tenista cazaque, que está de volta ao top 30 mundial, fez o rescaldo à conquista do título e, honesto como sempre, admitiu que até há bem pouco tempo, pensou em… deixar a modalidade durante uns meses.

PENSOU EM DEIXAR O TÉNIS

Quem segue a minha carreira sabe que estive desde Wimbledon do ano passado a lidar com maus resultados. Caí significativamente no ranking e não sabia por que estava a jogar tão mal. O meu treinador aconselhou-me a ser profissional e a jogar pelo menos até Wimbledon. No caso de sair do top 100 ou de me sentir muito mal, pensei em deixar o ténis uns meses. A verdade é que chegar aos quartos de final de Roland Garros e o título aqui em Halle é algo que não entrava nem nas minhas melhores expetativas neste curto período de tempo. Isto é um grande renascimento na minha carreira.

TENTAR LEVAR AS COISAS COM MAIS LEVEZA

Às vezes esquecemo-nos de que isto, ao fim ao cabo, é um jogo, mesmo para os jogadores com o meu estilo. Podes ser mais ou menos profissional mas é importante saber que isto realmente é um jogo, não um trabalho. Isto é um desporto, um entretenimento para as pessoas e, sei que é difícil e dá muito esforço, é só um jogo e há que recordar. Apesar disso, por vezes é muito bonito e noutras é muito devastador.

TAMBÉM SENTE PRESSÃO

Quando um desportista deixa de sentir pressão é quando deve retirar-se. Quando vemos os grandes como o Big Three ou Alcaraz ou Sinner, eles não mostram ao público e mantêm o nível. Isso sim, no momento em que não sentirem pressão podem ir jogar para o pátio das suas casas porque não sentiriam nada se ganhassem ou perdessem e o desporto profissional perderia sentido.

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Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.