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10 curiosidades sobre o mais exigente dos Grand Slams
Roland Garros faz parte dos nossos dias há praticamente duas semanas. Por entre derrotas inesperadas e exibições de elevadíssimo nível, passando por uma ou outra ocorrência mais polémica, ninguém deixou que os acontecimentos que mais poeira levantaram na catedral da terra batida lhes passassem ao lado. Mas será que sabemos tudo o que precisamos de saber sobre o Grand Slam parisiense, para além dos passos que os protagonistas das raquetes foram dando nos últimos quinze dias?
Sabia, por exemplo, que Stanislas Wawrinka pode vencer, no domingo, o torneio gaulês pela segunda vez? Ou que a jogadora mais jovem de sempre a singrar na terra batida da cidade-luz tinha apenas 16 anos? Provavelmente não. Ou talvez sim. De qualquer forma, e porque queremos ter os leitores mais bem informados do mundo, aqui ficam algumas curiosidades sobre o Grand Slam gaulês.
1. Quem foi Roland Garros, afinal?
Curiosamente, alguém pouco dado a ter os pés assentes na terra. Roland Garros foi um aviador que defendeu as cores gauleses durante a Primeira Guerra Mundial e que ficou conhecido por ter sido o primeiro a atravessar o Mar Mediterrâneo.
Dar o seu nome ao torneio foi condição imposta pelo Estado francês, que doou o terreno para o alargamento do complexo, tendo em vista o confronto da Taça Davis contra os EUA, em 1928.
2. “Aberto de França” fechado a estrangeiros
O “French Open” só se tornou verdadeiramente aberto a todos os jogadores no ano de 1925. O torneio foi realizado pela primeira vez em 1891 exclusivamente para os membros do clube, uma política que se estendeu até 1924, altura em que decidiram permitir a participação todos os jogadores amadores, nacionais e estrangeiros no evento.
3. A terra onde os melhores fraquejaram
Pete Sampras, Stefan Edberg, John McEnroe e outros tantos mais números um do mundo passaram por Paris sem deixarem a sua marca na catedral da terra batida. Sair-se bem durante duas semanas numa superfície muito dada a grandes maratonas nunca foi para todos e a grande maioria continua a não ter estofo para erguer a Taça dos Mosqueteiros.
4. Dupla queda de gigantes
E se Novak Djokovic e Roger Federer tivessem sido eliminados na primeira ronda da edição deste ano de Roland Garros? Está a imaginar o drama, certo? Pois bem, corria o ano de 1990 quando o Grand Slam parisiense ficou sem Stefan Edberg e Boris Becker, primeiro e segundo cabeças-de-série, respetivamente, na ronda inaugural. No mesmo dia. Algo não mais visto até então na terra batida gaulesa.
5. E porquê Court Philippe Chatrier?
O estádio principal de Roland Garros foi batizado de Philippe Chatrier em 2001, em homenagem ao dirigente que havia comandado a Federação Francesa de Ténis e a Federação Internacional. Chatrier faleceu em 2000.
6. A campeã com idade para jogar no circuito júnior
Monica Seles tornou-se na mais jovem campeã de Roland Garros, quando em 1990, apenas com 16 anos, derrotou aquela que viria a ser a sua maior rival, Steffi Graf, em duas partidas. Foi o primeiro de nove Grand Slams que a sérvia naturalizada americana conquistou durante a sua carreira.
7. O miúdo que tirou a taça das mãos do número três do mundo
Michael Chang tinha 17 anos e três meses quando, no ano de 1989, decidiu que seria boa altura para ganhar um Major. Na final do evento gaulês encontrou Stefan Edberg, então número três mundial e vencedor de três títulos do Grand Slam, mas não se fez de rogado e, depois de perder os dois primeiros sets, acabou por levantar aquela que seria a sua única taça de “Grand” de porte.
8. O encontro ATP mais longo de sempre
Fabrice Santoro e Arnaud Clement protagonizaram o embate mais longo da história do torneio na primeira ronda, em 2004. Os dois jogadores da casa permanecerem em court 6h33 a batalhar pela vitória, que acabou por cair para o lado de Santoro, por 6-4, 6-3, 6-7, 3-6 e 16-14.
9. E encontro WTA mais longo de sempre
No ténis jogado de saia, foram Steffi Graf e Arantxa Sanchez-Vicario que mais tempo passaram no court a tentar agarrar o triunfo. Graf venceu por 6-3, 6-7 e 10-8, em 1996, depois de 3h04 de jogo.
10. Salto de campeões
Vencer Roland Garros não é tarefa fácil, mas há quem o tenha feito não só enquanto profissional, mas também enquanto elemento do circuito júnior. O lote é restrito e conta-se pelos dedos de uma mão:
Ken Rosewall – júnior: 1952; sénior: 1953 e 1968
Roy Emerson – júnior: 1954; sénior: 1963 e 1967
Andrés Gimeno – júnior: 1955; sénior: 1972
Ivan Lendl – júnior: 1978; sénior: 1984, 1986, 1987
Mats Wilander – júnior: 1981; sénior: 1982, 1985, 1988
A esta lista pode juntar-se Stanislas Wawrinka. O suíço venceu o título de juniores em 2003, derrotando Brian Baker na final, por 7-5, 4-6 e 6-3, e este domingo pode sair de Paris com a Taça dos Mosqueteiros nas mãos, tendo, para isso, que vencer Novak Djokovic ou Andy Murray.
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