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Gonçalo Falcão sobre duelo com João Sousa: «Há dois dias o normal seria levar 6-0 e 6-0»
Gonçalo Falcão, de 29 anos e 1166.º do ranking mundial ATP, surpreendeu ao início da tarde desta quinta-feira ao dar muitas dores de cabeça a João Sousa, numero um português e 59.º ATP, no encontro alusivo aos oitavos de final do Campeonato Nacional Absoluto/Taça Guilherme Pinto Basto. Apesar da derrota, Falcão admitiu ter colocado a pressão de lado e jogado um bom ténis.
“Foi, se calhar, mais equilibrado do que eu estava à espera. Obviamente que há dois dias o normal seria levar um 6-0 e 6-0, mas consegui sacudir um bocadinho a pressão. Diz-se que não há pressão em defrontar um jogador com um nível mais elevado, mas há sempre aquela pressão de não querer fazer muito má figura e deixar uma boa imagem”, sublinhou, ao Bola Amarela, Falcão, que saiu afastado por 7-5 e 7-6(3).
“Tenho de ser humilde o suficiente para dizer que estou satisfeito com o nível que apresentei, mas não saí contente porque perdi. E perder seja com o Federer, seja com o 1000 ou 2000 ATP, nunca é bom, mas o que fiz acho que é um bom exemplo. Passa muito por conseguir manter o nível durante mais tempo, mais semanas, e assim vou ganhar mais vezes e vou jogar muito melhor. É preciso manter e voltar a jogar ao mesmo nível, seja com quem for”, disse Gonçalo Falcão, que se mostrou sempre muito calmo no encontro com João Sousa na Beloura Tennis Academy.
“Eu estava calmo porque sabia perfeitamente o que tinha de fazer. Sabia quais eram os pontos fortes, os pontos fracos. Obviamente que me informei com pessoas que convivem mais com ele. A partir do momento em que sabemos o que fazer no campo, é cumprir. E eu soube cumprir durante grande parte do tempo”, explicou o experiente português, que dispôs de set points nos dois parciais. Apesar disso, não tirou mérito a Sousa pelo facto de ter sido superior nos momentos decisivos.
“É normal, se calhar, que o João tenha entrado mais pressionado, porque tem responsabilidade. Mas ele já viveu muitos cenários de pressão e acho que é provável que não tenha acusado muito isso. Por outro lado, sendo o primeiro jogo, vindo de um torneio indoor em piso rápido, chega aqui e as bolas e as condições são diferentes. No entanto, acho que foi muito mérito meu, de quase ter conseguido levar o plano do início ao fim”, rematou Gonçalo Falcão.
Nos quartos de final, João Sousa encontra o jovem Tiago Cação, número 1254 ATP.
Fotografia: Jorge Cunha /AIFA
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