Presidente da Federação Italiana diz que Sinner “cala todos com resultados e merecia uma estátua”

Por José Morgado - Dezembro 29, 2025

A Itália voltou a afirmar-se como uma das grandes potências do ténis mundial, impulsionada por mais uma temporada de excelência de Jannik Sinner e coroada com a conquista da Taça Davis, em Bolonha. Angelo Binaghi, presidente da Federação Italiana de Ténis, fez um balanço abrangente do momento dourado vivido pelo país, abordando desde questões políticas até ambições históricas.

Sobre o Internazionali d’Italia, Binaghi admitiu que existiram riscos sérios nos últimos meses. “Durante algum tempo não tínhamos uma base legal que garantisse a realização regular do torneio. Era um risco real”, confessou, sublinhando o papel decisivo do Governo: “Tudo foi esclarecido graças ao ministro do Desporto, Andrea Abodi, e ao ministro da Economia, Giancarlo Giorgetti”.

O dirigente revelou também preocupações em torno das ATP Finals. “As Finals não são nossas, são da ATP. O decreto levanta vários problemas de gestão deste evento de enorme sucesso. Acredito que este obstáculo será ultrapassado através do diálogo em 2026”, afirmou.

Binaghi destacou ainda o crescimento do ténis em Itália: “Os números falam por si. O número de praticantes de ténis e padel já ultrapassa os seis milhões e está a aproximar-se do futebol. Há cinco anos, a diferença era enorme”.

Sobre Sinner, foi perentório: “Ele responde em campo e cala todos. Conhecemo-lo desde criança, como jogador e como pessoa. Merecia uma estátua. Mesmo sem ele, provámos que conseguimos ganhar a Taça Davis”.

Por fim, deixou clara a ambição maior: “Para haver um quinto Grand Slam são precisos três requisitos: ténis de topo, credibilidade internacional e investimento estatal. Temos tudo isso. Em 2028, Roma poderá apresentar instalações renovadas e cobertas”.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com