Presidente da ATP quer continuar a reduzir torneios ATP 250: «São importantes, mas temos demasiados»

Por José Morgado - Novembro 13, 2025
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TURIM. ITÁLIA. O presidente da ATP, Andrea Gaudenzi, deu esta terça-feira em Turim uma conferência de imprensa onde abordou temas estruturais do circuito masculino, desde o futuro dos torneios 250 até ao formato da Taça Davis.

“Nos últimos anos reduzimos o número de torneios ATP 250 de 38 para 29. O objetivo, com a entrada do Masters 1000 da Arábia em 2028, é reduzi-los ainda mais. Os 250 são importantes, tal como os 500 ou os Challengers, mas temos demasiados”, afirmou Gaudenzi, sublinhando que o circuito precisa de um calendário mais equilibrado. “O ano tem 52 semanas, mas os jogadores precisam de descanso, férias e tempo para trabalhar o físico e o ténis. A pré-temporada é demasiado curta“, reconheceu.

O dirigente italiano insistiu que a prioridade da ATP é reforçar o seu produto “premium”: os Masters 1000. “Os fãs querem ver os melhores a jogarem entre si. É isso que dá valor aos Masters, aos Grand Slams e às Finals”, explicou.

Sobre a expansão dos Masters de duas semanas, Gaudenzi destacou o impacto financeiro positivo. “Torneios mais longos permitem vender mais bilhetes. Em eventos como o Canadá e Cincinnati, isso aumentou as receitas e permitiu distribuir mais de 20 milhões de dólares em bónus, contra os seis milhões anteriores.”

O presidente da ATP comentou ainda o formato da Taça Davis, defendendo uma mudança: “Foi onde joguei os meus melhores encontros. O formato ideal é o de jogos em casa e fora. Devíamos ter a Davis de dois em dois anos. Nenhum Mundial se joga todos os anos — isso daria mais valor à competição e aliviaria o calendário.”

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com