Novak Djokovic rendido a Vacherot: «É um feito incrível e histórico para o ténis monegasco»

Por Tomás Almeida - Outubro 9, 2025
Djokovic

Aos 38 anos, o campeoníssimo sérvio Novak Djokovic continua a jogar a alta voltagem e a resistir a grande parte do circuito, apesar de tudo, mostrando toda a resiliência e capacidade de superação que o definem nos momentos mais complicados.

Esta quinta-feira, o detentor de 24 títulos do Grand-Slam ultrapassou o exigente e talentoso opositor belga Zizou Bergs nos quartos-de-final com os equilibrados parciais de 6-3 e 7-5, num encontro onde se voltaram a evidenciar as altas sensações térmicas (35°C), além da elevada humidade (80%) que tantas dificuldades tem causado aos jogadores.

Com a chegada da 43.° vitória no Masters 1000 chinês, o 4 vezes campeão da prova ficou também mais próximo de atingir um número redondo na sua carreira, ao garantir a 198.° meia-final no circuito principal, sendo que passa a registar 10 (em 11 participações) em Xangai e 80 em Masters 1000 – absolutos recordes.

À sua frente nesta particular estatística estão situados dois ícones da modalidade. São eles Jimmy Connors, com 239 meias-finais, e Roger Federer, com 211, números que impressionam e que dificilmente serão alcançados por Novak Djokovic, dadas as naturais circunstâncias.

Em conferência de imprensa aos meios de comunicação social, o tenista do Balcãs elaborou respostas interessantes como é seu apanágio, analisou a situação atual na prova e os desafios que se seguem e foi ainda muito elogioso na hora de falar sobre o monegasco Valentin Vacherot, seu adversário nas meias-finais, e os sucessivos feitos históricos que está a protagonizar esta semana.

FORMA COMO É RECEBIDO E TRATADO NA CHINA

Sinceramente, não é só por estarmos aqui, mas jogar na China, no court central, é algo especial. Cada jogo aqui dá-me emoções e sensações incríveis, por causa do enorme apoio que tenho recebido. Não esperava que fosse tanto assim. Sei que as pessoas apreciam e respeitam o que alcancei nestes mais de 20 anos, mas tem sido cada vez melhor. Tenho tentado retribuir esse amor jogando bom ténis, e espero que estejam a gostar.

O SUCESSO EM XANGAI

Não é segredo que adoro jogar na China. Como acabei de dizer, o apoio do público faz-me sentir confortável e dá-me energia. Quando estás no court e sentes o público a empurrar-te, é uma sensação incrível. É isso que acontece praticamente em cada jogo que jogo aqui. Tenho lutado um pouco com os níveis de energia. Mas sempre que o público me apoia, sinto essa energia e tento retribuir. Estou a desfrutar. Tanto quanto posso, estou a divertir-me e a desfrutar do jogo diante deles.

 SOBRE VALENTIN VACHEROT

Conheço-o há alguns anos. Está classificado por volta dos 200 melhores. Joga pelo Mónaco, o que é um feito incrível — o maior sucesso histórico do ténis monegasco. Fico feliz por ele e pela sua equipa. O Benjamin Balleret [treinador e meio-irmão] é alguém que conheço há muitos anos do Mónaco. O Valentin tem vindo a melhorar. Sempre soubemos que tem grande potencial — um bom serviço, um jogo forte, é um jogador grande. É um sucesso histórico para ele, e sim, estou ansioso por jogarmos. Espero conseguir a vitória.

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A minha paixão pelo ténis começou aos 10 anos e desde então tem crescido dia após dia. Já deixou de ser um mero desporto para mim, enquanto consumidor de tudo um pouco, ... bem, talvez nunca tenha sido... Estou aqui para continuar a ser surpreendido e a aprender com algo único e incomparável como o ténis. Hoje em dia não me consigo imaginar a viver sem a bola amarela no canto do olho. Quero seguir neste mundo e fazer dele o meu futuro, crescendo com todas as aprendizagens adquiridas a partir de valiosas experiências. Continuem desse lado!