Segunda-feira em Pequim entrou para a história… pelas piores razões

A jornada em Pequim, que recebe, por estes dias, dois eventos combinados de grande relevo do circuito mundial: o ATP 500 e o WTA 1000, acabou por tomar contornos muito particulares e pouco habituais aos olhos de quem segue por perto esta modalidade. Não se surpreenda com o que vai ler, porque foi mesmo real …

É que aconteceram 5 (!) desistências na capital chinesa, num dia onde contamos com os encontros (da metade superior do quadro) relativos à 3.° ronda feminina e dos quartos-de-final masculinos. Para que perceba realmente o quão caricata foi esta situação, basta verificar que dos 12 embates agendados para esta segunda-feira, quase metade não tiveram o desfecho pretendido, sendo que a maior parte se deram ainda antes sequer de se atingir no relógio a primeira hora de jogo.

Tudo começou com o checo Jakub Mensik (16.° ATP) a abdicar da sua continuidade em court por motivos de ordem física diante de Alex De Minaur (8.°), com o marcador a registar o 4-1 favorável ao australiano no primeiro set. Posteriormente, tivemos o abandono da francesa Loïs Boisson quando já perdia por 2-6, 0-1 frente a Emma Navarro (17.° WTA) e também o da colombiana Camila Osorio, logo após sofrer um pneu da número 2 do Mundo e campeã de 2023 Iga Swiatek.

Já na reta final da jornada, a estrela da casa e regressada Zheng Quinwen (9.°) acusou dores no ombro direto durante o terceiro set e foi mesmo forçada à saída precoce do encontro perante Linda Noskova, numa altura em que estava break abaixo na terceira partida, ao passo que o italiano e top10 mundial Lorenzo Musetti também não se mostrou fisicamente predisposto para seguir na batalha com o jovem norte-americano Learner Tien, que, assim, viu confirmado um triunfo que já parecia muito bem encaminhado (duplo break à maior no decisivo set).

Foi um dia certamente pouco agradável para quem se deslocou ao National Tennis Center (sobretudo, nos principais courts), complexo que alberga estas duas renomadas provas da temporada asiática!

Poderemos catalogar este cenário visto em Pequim como consequência direta do enorme desgaste deste calendário?

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