Federer lembra retirada e explica por que razão escolheu a Laver Cup para esse momento

Por José Morgado - Setembro 21, 2025
federer

Três anos após a sua retirada do ténis profissional, Roger Federer continua a ser uma das figuras mais recordadas e veneradas do desporto mundial. O suíço, dono de 20 títulos do Grand Slam, escolheu a Laver Cup 2022 como palco para o seu último encontro, num memorável encontro de pares ao lado de Rafael Nadal frente a Frances Tiafoe e Jack Sock. O resultado acabou por sorrir à dupla norte-americana, mas as imagens de Federer emocionado, em lágrimas, marcaram de forma indelével a despedida de uma das maiores lendas do ténis.

Agora, em plena edição de 2025 da Laver Cup, realizada em San Francisco, Federer falou ao podcast de Andy Roddick, ‘Served’, e recordou os meses que antecederam o fim da carreira. “Foi um processo que vivi intensamente. Sempre soube que seria muito difícil porque amo o desporto e tudo o que o envolve. A minha lesão no joelho já se arrastava e percebia que estava próximo do fim. Estive entre o US Open, Basileia e a Laver Cup para escolher onde terminar. Não queria estar sozinho em court e optei por Londres, onde vivi alguns dos melhores momentos da minha carreira, sobretudo em Wimbledon”, explicou.

Federer falou ainda sobre a génese da Laver Cup, torneio que ajudou a criar e que hoje é um dos eventos mais marcantes do calendário. “Senti que as lendas mereciam um espaço maior de reconhecimento após se retirarem. Estava no banco de trás de um carro quando pensei que Rod Laver merecia ser mais lembrado, e daí nasceu a ideia. É difícil de organizar porque dura apenas três dias e reúne grandes jogadores, mas dar às lendas um papel, como as capitanias, pareceu-me perfeito. Tem sido um sucesso e permite levar ténis a locais menos habituados a receber grandes eventos. Em 2026 regressaremos a Londres, mas é possível que em breve estejamos na Ásia ou na América do Sul.

Leia também:

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com