Alcaraz lamenta derrota na Laver Cup: «As condições são muito lentas»

Por José Morgado - Setembro 21, 2025

Carlos Alcaraz não conseguiu estrear-se da melhor forma em singulares na Laver Cup 2025. O número um mundial foi surpreendido por Taylor Fritz, que rubricou uma exibição sólida e agressiva para vencer o espanhol em São Francisco, num encontro em que Alcaraz admitiu nunca ter encontrado o ritmo certo.

Em conferência de imprensa após o desaire, o murciano reconheceu os méritos do adversário. “Não foi o encontro que esperava, mas tenho de dar crédito ao Taylor, que jogou a um nível muito alto. Não estive tão sólido como queria. Estas condições são muito lentas, as bolas são grandes e era preciso estar consistente, mas não consegui. Ele foi agressivo quando pôde, tudo lhe correu bem e tive de felicitá-lo”, confessou.

Alcaraz destacou a chave do encontro: a intensidade nos primeiros golpes. “Ele estava mais dentro do court do que eu. O primeiro ou segundo tiro do ponto foi decisivo, e ele esteve muito melhor nesse aspeto. Em condições tão lentas, é muito difícil passar da defesa ao ataque. Ele foi mais agressivo e eu acabei por correr mais do que ele”, sublinhou.

O espanhol admitiu ainda dificuldades de adaptação. “Em situações como estas precisas de mais tempo em court. Ontem joguei pares, mas não é a mesma coisa. Hoje senti que não estava na posição certa, que via mal a bola. Precisava de mais treino, mais tempo de preparação. Mas não é desculpa”, frisou.

Sobre a pressão de ser número um, Alcaraz foi direto: “O ranking é só um número. A pressão veio mais da eliminatória, porque já estávamos a perder e senti que tinha de ganhar o meu ponto.”

O campeão do US Open revelou ainda ter feito apenas uma curta pausa após Nova Iorque: “Foram quatro dias sem pegar na raqueta. Não sei se foi suficiente.”

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com