Osaka pronta para o duelo com Gauff: «Estou saudável e feliz»

Por José Morgado - Agosto 31, 2025

Quatro anos e meio depois, Naomi Osaka voltou a marcar presença na segunda semana de um torneio do Grand Slam. Desde o Open da Austrália de 2021, que conquistou, a japonesa não chegava tão longe, mas este sábado garantiu um lugar nos oitavos de final do US Open 2025 ao vencer Daria Kasatkina.

“Honestamente, não acho que tenha jogado assim tão bem, mas mentalmente estava preparada para lutar por tudo. Sei que tem sido uma montanha-russa emocional, mas estou feliz por ter ganho”, começou por dizer a ex-número um mundial.

Desde o regresso à competição, Osaka confessou ter sentido pressa em voltar a dominar. “Queria que tudo acontecesse muito rápido, mas tudo levou o seu tempo. Desde Wimbledon decidi não pensar tanto nos resultados, apenas concentrar-me em cada encontro e em mim própria. Fiz um bom torneio em Montréal, agora estou aqui e estou feliz com isso. Sinto-me satisfeita, é ótimo o trabalho que estou a fazer com o Tomasz, estou contente por viver esta viagem.”

Na próxima ronda, Osaka terá pela frente Coco Gauff, número três mundial e atual campeã do torneio. O reencontro traz memórias: “Quando joguei com ela em 2019, tinha 15 anos e já se movimentava incrivelmente em court. Sempre soube que seria uma grande jogadora. Seis anos depois, jogar com ela é especial. Ainda não atuei na Ashe este ano, mas sei que agora ela é a grande estrela do torneio. Estou saudável e feliz, veremos o que acontece.”

Sobre o regresso a uma quarta ronda de Grand Slam, Osaka deixou um desabafo: “Curiosamente, não sinto alívio. Sinto-me cansada, mas muito grata por estar aqui. Antes, era tudo rotina. Agora, depois de tantas derrotas duras, estou feliz por poder estar feliz.”

E não esqueceu Venus Williams: “É incrível vê-la jogar. As pessoas falam da idade, mas o que devemos valorizar é o facto de continuar em campo, a inspirar tanta gente. Contra Muchova jogou de forma brutal. É uma lenda viva.”

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com