Alcaraz e o seu encontro de regresso: «Vou ter de jogar melhor do que isto»

Por José Morgado - Agosto 11, 2025
Alcaraz

Após três semanas afastado da competição, Carlos Alcaraz voltou à ação no ATP Cincinnati 2025 com uma vitória suada frente a Damir Dzumhur, num encontro que confirmou as dificuldades habituais do espanhol após longas paragens. Depois de um bom início, Alcaraz assinou um segundo set para esquecer, mas recuperou no terceiro com pontos de pura fantasia para selar o triunfo.

Em declarações ao Tennis Channel, o número 2 mundial reconheceu que não apresentou o seu melhor ténis. “Tenho de ser melhor, sem dúvida. Comecei muito bem, mas aqui, se se perde a concentração por um ou dois pontos, tudo se complica e é difícil regressar. Quero sentir-me melhor no próximo jogo”, afirmou.

Questionado sobre como vencer mesmo em dias em que joga “feio”, Alcaraz sublinhou a importância da atitude. “Nos treinos falamos em manter-nos focados e positivos. Se as coisas não estão a correr bem, sei que devo continuar a seguir o meu plano, porque no final vai funcionar”, explicou.

O murciano revelou ainda que aproveitou estas semanas para refletir sobre os meses intensos desde a temporada de terra batida. “Desde Monte Carlo a Wimbledon joguei a um nível muito alto. É difícil parar para pensar quando se compete todas as semanas, mas tive três semanas em casa para o fazer. Sei que o meu ténis está lá e quero mostrá-lo nesta ‘gira’ norte-americana”, disse.

Alcaraz confessou que o tempo de descanso foi essencial. “Adoro ter tempo para mim. Às vezes são semanas seguidas sem parar e preciso de estar com os meus, sem fazer nada. Passei dias fantásticos em Ibiza e no sul de Espanha, e isso deu-me energia para voltar com fome de vencer.”

Para as próximas rondas, o objetivo é claro: “Quero jogar de forma agressiva e fazer os adversários sofrer. Este torneio é fantástico e quero sentir-me melhor dia após dia.”

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com