Sinner: «Não é fácil jogar em Cincinnati. A bola aqui voa muito rápido»

Por José Morgado - Agosto 10, 2025

Jannik Sinner voltou à competição da melhor forma possível. Menos de um mês depois de conquistar o título em Wimbledon, o número 1 do ranking ATP reapareceu esta terça-feira no Masters 1000 de Cincinnati e precisou de apenas 59 minutos para derrotar o colombiano Daniel Galán por expressivos 6-1 e 6-1, garantindo um lugar na terceira ronda.

O italiano, que tinha estado afastado do circuito desde o triunfo histórico em Londres, enfrentava a incógnita habitual de quem regressa após uma paragem. No entanto, respondeu com autoridade, mesmo num dia marcado por condições de jogo particularmente rápidas e exigentes. “Embora seja algo que dizemos sempre nestas ocasiões, a verdade é que os encontros são muito diferentes dos treinos que fazemos nos dias anteriores”, começou por explicar Sinner, em declarações à TennisTV. “Não sabia muito bem quais eram as minhas expectativas para hoje, mas saio muito feliz do court. Não é nada fácil jogar aqui: a bola viaja muito, está muito rápida, e isso obriga a servir com grande precisão sem perder o equilíbrio.”

O campeão de Cincinnati em 2024 sublinhou ainda que, para seguir em frente, terá de manter este nível e corrigir detalhes. “Hoje, durante muitos momentos, servi como queria, mas ainda tenho vários aspetos a melhorar para as próximas rondas. Para primeira ronda, não podia pedir melhor resultado. É ótimo voltar, o público é incrível e adorei a atmosfera no estádio.”

Na terceira ronda, Sinner vai defrontar o canadiano Gabriel Diallo, adversário que nunca enfrentou. Porém, em Cincinnati, parece haver um obstáculo ainda mais difícil: o calor intenso. As altas temperaturas e a humidade têm sido um desafio para todos os jogadores. “Vai-se sentindo o calor à medida que se aproxima a hora do jogo, quando nos vamos aproximando do court. É para isso que servem estes dias de adaptação”, explicou. “Depois, não é só aquecer nos cinco minutos antes do encontro. Nós também fazemos uma rotina no ginásio para subir a temperatura corporal, começar a suar e adaptar o corpo às condições. Isso ajuda muito a entrar no ritmo e a preparar o que vem a seguir.”

Para já, Sinner mantém a confiança, mas sabe que as circunstâncias podem mudar rapidamente. “Hoje tudo correu na direção certa para mim, mas estas coisas podem mudar a qualquer momento, especialmente com este calor. Por enquanto, não me posso queixar, saio muito feliz com o que aconteceu em campo.”

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com