Sinner deixa aviso após conquistar Wimbledon: «Ainda não cheguei ao meu pico»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Julho 14, 2025
Jannik-Sinner

Jannik Sinner soube lidar com a frustração de perder Roland Garros de forma dramática para Carlos Alcaraz e sagrou-se campeão de Wimbledon, ao desforrar-se do espanhol. Ora, o número um do Mundo não escondeu a importância deste feito, mas garantiu que ainda quer chegar a um nível mais alto.

RADIANTE COM O TÍTULO EM WIMBLEDON

É espetacular. É o torneio com que sempre sonhei. Este ano foi muito diferente do anterior porque cheguei como campeão de Halle e perdi nos quartos aqui. Senti-me bem no court nestas semanas e a cada dia movimentei-me melhor, então estou muito feliz pelo consegui. Foi muito emocionante mesmo que não tenha chorado. Só eu e a minha equipa sabemos o que enfrentámos fora do court e foi tudo menos fácil. Tentámos melhorar a cada treino às vezes tive dificuldades a nível mental, sobretudo nos treinos. Nos encontros sinto que posso jogar bem porque desligo do exterior e isso ajuda-me muito. Além disso, tive a minha família presente e agradeço isso muito.

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Não é nada fácil jogar contra alguém com quem perdeste muitas vezes nos últimos tempos. Mas sinto que no passado também estive muito perto de lhe ganhar. Nunca vim abaixo e olhei sempre para Alcaraz como alguém superior porque sinto que fez as coisas melhor. Tentei preparar-me bem porque sabia que vinham mais desafios, embora não fale só do Carlos. Estou feliz por ver que o trabalho que fazemos é bom e a verdade é que sinto que, com 23 anos, ainda não cheguei ao meu pico. Espero poder continuar a melhorar, mas é importante ter este tipo de jogadores à frente para ver que há que continuar a dar o máximo a cada dia para estar bem.

REAÇÃO A ROLAND GARROS

Essa é a parte de que estou mais orgulhoso porque não foi fácil. Tentei aceitar as coisas como foram e ser honesto comigo mesmo. Estas coisas podem acontecer e acho que é melhor assim do que perder a ganhar apenas dois jogos no encontro todo. A partir daí, comecei a treinar de novo com muita intensidade e não queria ficar chateado porque tínhamos este Grand Slam ao virar da esquina.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt