Rublev avisa Alcaraz: «Estou a bater muito bem na bola!»

Por José Morgado - Julho 5, 2025
Foto: EPA

Andrey Rublev parece estar a reencontrar a sua melhor forma em Wimbledon 2025. O tenista russo, que vai defrontar Carlos Alcaraz nos oitavos de final, mostrou-se confiante e satisfeito com o seu desempenho até ao momento, após três vitórias convincentes — a última frente ao francês Adrian Mannarino, onde rubricou a sua exibição mais sólida em muitos meses.

“Antes de Wimbledon, até gozei com a minha equipa, sem saber se íamos perder na primeira ronda ou não… Mas o nível está lá. Estou a bater muito bem na bola, melhor do que há muito tempo”, afirmou Rublev, numa conferência de imprensa marcada pela sinceridade.

O russo revelou que, mesmo nos treinos, já sentia que algo estava a mudar: “Durante meses parecia que fazia tudo certo, mas faltava algo. Agora já sinto que estou realmente a jogar bem.”

Sobre uma reedição do duelo com Alcaraz, Rublev reconheceu a dificuldade do desafio: “Nos últimos encontros ele destruiu-me, especialmente em Turim. Ele sabe fazer tudo — atacar, defender, ser paciente, mentalmente forte… Se tiveres uma fraqueza, estás acabado. Com jogadores assim, se não estiveres perfeito, não tens hipótese.”

O número 6 do mundo aproveitou também para refletir sobre o estado atual do circuito masculino, onde considera que a diferença entre os jogadores de topo e os restantes é cada vez menor. “Hoje em dia, todos servem a 220 km/h, todos batem forte. Até jogadores fora do top-50 podem derrotar os melhores num bom dia. Não há grandes estratégias, é pancada pura. E quando sentem a bola, são perigosíssimos.”

Ainda assim, Rublev destaca que a verdadeira diferença está entre os dois melhores. “Nota-se claramente a distância entre Alcaraz e Sinner e o resto. A partir do número 3 do ranking, está tudo muito equilibrado. Já não sabes se o Fritz é melhor que o Medvedev, o Tsitsipas, o Norrie ou o Tiafoe. O nível está extremamente parelho.”

Confiante e a jogar com maior liberdade, Rublev deixa o aviso: voltou a sentir a bola como há muito não sentia — e isso pode ser uma séria ameaça para qualquer adversário, incluindo Alcaraz.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com