Boisson: «O meu sonho é ganhar o torneio, não chegar às meias-finais»

Por José Morgado - Junho 4, 2025
Boisson

Loïs Boisson continua a encantar o público francês (e não só…) com a sua impressionante campanha em Roland Garros. A tenista de Dijon, que participa pela primeira vez num torneio do Grand Slam, alcançou as meias-finais após derrotar duas jogadoras do top 10 mundial: Jessica Pegula e Mirra Andreeva.

“É realmente incrível para mim conseguir algo assim. Estou muito feliz por estar nas meias-finais, mas espero continuar. Veremos o que acontece amanhã”, afirmou Boisson em conferência de imprensa. “Estou muito orgulhosa de mim mesma. Foi difícil chegar até aqui; todos os jogos foram muito duros. Estou orgulhosa de como estou a terminar cada encontro, cada ponto.”

A jovem francesa destacou que a sua preparação para os jogos mantém-se consistente, independentemente da adversária.“A preparação é praticamente a mesma, seja contra uma jogadora do top 300 ou do top 10. Analisamos o jogo da adversária e depois sigo o meu plano de jogo. É claro que é muito difícil jogar contra este tipo de rivais. Tens de estar concentrada em cada bola; não podes falhar, porque se falhas duas ou três bolas, já sentes que te podem recuperar.”

Quanto à pressão de jogar em casa, Boisson reconhece que é algo presente, mas que procura gerir da melhor forma. “Não sei se todos os jogadores sentem a pressão da mesma maneira. Talvez a maioria dos franceses que jogam em Roland Garros a sintam. Suponho que é algo que está lá, quer queiras quer não, algo com que tens de lidar; caso contrário, não consegues ganhar nenhum jogo. Tento fazer o melhor que posso. Claro que sinto a pressão, mas consigo lidar com ela.”

Boisson mantém o foco no presente e evita distrações externas. “Realmente não penso no que virá depois, todo o tema do ranking e tudo isso. Só tento concentrar-me neste torneio, desfrutar muito de tudo o que estou a conseguir aqui, tanto dentro como fora do campo. Já olharei para essas outras coisas uma vez terminado o torneio. Por agora, só tenho de pensar no meu jogo de amanhã. Também não olho muito para as redes sociais nem nada disso; simplesmente concentro-me no torneio.”

Com uma atitude determinada e uma abordagem centrada no presente, Loïs Boisson continua a escrever uma história inspiradora em Roland Garros. A jovem francesa demonstra que, com trabalho árduo e foco, é possível transformar sonhos em realidade.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com