Badosa: «Fisicamente estou muito longe do nível onde quero estar»

Por Nuno Chaves - Maio 31, 2025
Foto: EPA

Chegou ao fim a participação de Paula Badosa em Roland Garros, depois de perder de forma clara para a australiana Daria Kasatkina na terceira ronda.

No final, a espanhola admitiu que ainda se sente longe do seu melhor nível, no entanto, preferiu olhar para o lado positivo neste regresso à competição.

LONGE DO MELHOR

Fisicamente estou muito longe do nível onde quero estar. Hoje notou-se. Ela não é parva, preparou um jogo físico, ainda por cima vendo como terminei o outro dia. Também é o estilo de jogo dela em terra batida. Foi inteligente nesse aspeto e eu não chegava às bolas como queria, não estava explosiva, mas já vinha assim. O facto de ter conseguido jogar três sets é positivo e espero que, daqui a um mês, em Wimbledon, vá com outras expectativas. Aqui não vinha com nenhumas.

BALANÇO POSITIVO

Neste momento, a desilusão é maior, mas suponho que amanhã veja as coisas de forma diferente. Sou muito competitiva e lido mal com a derrota, mas tento analisar de fora. Com os anos, lido um pouco melhor com isso. O balanço é positivo. Em Estrasburgo, no primeiro jogo, estava 3-3 e pensei que não ia conseguir acabar, isto há uma semana. Ganhei dois bons encontros em três sets, a jogar bom ténis. Hoje as coisas não saíram bem, todos temos dias maus no trabalho. Sou humana e ela jogou bem. É uma jogadora inteligente e não me deu muitos pontos de borla, que é o que procuro quando não estou no meu melhor fisicamente. O balanço é positivo. Agora o que me resta é continuar a trabalhar, competir, e alcançar novamente o nível físico que tinha na Austrália ou no final do ano passado, quando conseguia jogar três horas por dia.

OLHOS POSTOS NO FUTURO

Disse-o antes de começar o torneio e mostrei-o no primeiro jogo, foi um nível muito alto. Acho que o nível está lá. Tal como no ano passado, fisicamente, o corpo tem de colaborar, se isso acontecer, o resto virá. Sempre o mostrei. Acho que tenho o ténis e a mentalidade sempre a tive. Quando o resto me acompanhar, tudo correrá bem. Se conseguir competir com regularidade, as coisas vão certamente correr bem.

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Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.