Ruud respira de alívio em Madrid: «Afinal valeu a pena esperar»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Maio 5, 2025

Casper Ruud esperou e, por fim, alcançou. O norueguês perdeu seis grandes finais na sua carreira — três Grand Slams, dois Masters 1000 e as ATP Finals — e agora finalmente venceu um prova Masters 1000, ao bater Jack Draper no encontro decisivo. Ruud ficou naturalmente radiante e falou abertamente sobre a importância de garantir este troféu.

ALÍVIO POR CONSEGUIR UM GRANDE TÍTULO

É uma mistura de alívio, felicidade e alegria pura. Sei quão difícil é esta bem nos torneios mais importantes e nunca fui capaz de cruzar a linha de meta como campeão, mas desta vez consegui e fico extremamente feliz e orgulhoso, claro, por ter sido capaz de me manter concentrado durante todo o encontro. Depois de perder o segundo set e de mudar o ascendente, recuperei e joguei. Estou especialmente contente com a final e orgulhoso por ter finalizado assim.

UM TROFÉU APÓS PERDER SEIS GRANDES FINAIS

Era a minha sétima grande final. Sete é um número da sorte, imagino. Afinal valeu a pena esperar. Se olhar para trás, nunca estive muito perto em nenhuma das finais, perdi a maioria em sets diretos. Mas quando perdi o segundo set desta fiquei frustrado. O Jack esforçou-se muito no fim desse segundo set. Sentia que estava numa boa posição, com 7-5 e 3-2 e de repente estava 3-6. Mas disse a mim mesmo que tinha de ser positivo. Se no início da semana me tivessem oferecido jogar o terceiro set pelo título, provavelmente teria aceitado. Nunca sabes o que pode acontecer no terceiro set e, felizmente, segurei o break até ao fim.

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CANDIDATO EM ROLAND GARROS

Sinceramente, com esta vitória volto a ficar numa boa posição no ranking e enquanto cabeça-de-série. Se queres ganhar um torneio, podes dizer que não importa qual é o teu ranking porque tens de ganhar a todos os jogadores que enfrentares. Mas é um bom passo em frente e quando chegar a Paris terei sempre grandes sensações e recordações do lugar. Acho que sou um bom jogador de terra batida e que à melhor de cinco sets serei ainda mais difícil de bater, essa é a minha mentalidade. Sei que não precisa de jogar muito bem cada ponto ou encontro, mas sei que fisicamente posso estar a lutar muito tempo e mostrar o meu jogo em terra batida e tornar difícil para os meus adversários. Vou desfrutar agora e preparar-me o melhor possível para Roma. Depois de Roma estou inscrito em Genebra e depois logo veremos em Paris. Ainda faltam semanas emocionantes, mas suponho que uma vitória aqui mostra aos outros jogadores que estou aqui para tentar jogar bem no resto da temporada de terra batida.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt